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Como óleo de cozinha usado está virando combustível em cidade brasileira e pode mudar o futuro da energia no Brasil?

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 14/09/2025 às 12:43
Projeto em Juiz de Fora, no Brasil, mostra como óleo de cozinha usado pode ser transformado em biocombustível, abrindo caminho para diversificação da matriz energia nacional e soluções sustentáveis para o futuro.
Projeto em Juiz de Fora, no Brasil, mostra como óleo de cozinha usado pode ser transformado em biocombustível, abrindo caminho para diversificação da matriz energia nacional e soluções sustentáveis para o futuro.
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Iniciativa em Juiz de Fora transforma óleo de cozinha usado em combustível sustentável, testado em veículos e com potencial de mudar a matriz energética nacional.

O óleo de cozinha usado agora está sendo convertido em combustível em Juiz de Fora (MG), graças a uma iniciativa estudantil que une educação ambiental, inovação e sustentabilidade. O projeto “De olho no Óleo”, desenvolvido por alunos do Senac em parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e o Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt), já transformou 77 litros de óleo descartado em biocombustível, utilizado em veículos da cidade em fase piloto.

A proposta vai além da simples reciclagem: o combustível produzido mostra como resíduos domésticos podem ser reaproveitados para gerar energia limpa, reduzindo a poluição urbana e criando novas possibilidades para a matriz energética brasileira.

Como o óleo usado se transforma em combustível

O processo começa com a coleta do óleo de cozinha usado por estudantes e comunidade.

Muitas vezes descartado incorretamente em pias e ralos, esse resíduo pode poluir até 20 mil litros de água por litro descartado.

Em vez disso, o material é encaminhado para uma miniusina de biocombustível instalada no parque tecnológico da UFJF.

A produção experimental é resultado da parceria com o Instituto EPROS de educação ambiental.

O óleo passa por processos químicos que o transformam em biodiesel, um combustível renovável capaz de substituir parcialmente o diesel fóssil.

Essa tecnologia já é utilizada em países europeus e começa a ganhar espaço no Brasil, mostrando que resíduos domésticos podem ser recursos estratégicos.

Educação, cidadania e engajamento social

Além da parte técnica, o projeto também tem um caráter educativo.

Estudantes mobilizaram colegas, professores e funcionários para arrecadar óleo em suas casas.

O objetivo é mostrar que pequenas ações individuais podem gerar grandes transformações coletivas.

Segundo Aline Nascimento, coordenadora da campanha, a experiência reforça o papel da educação na mudança de hábitos.

“Quando o aluno entende que o óleo que trouxe de casa pode virar combustível para um carro da cidade, ele percebe seu poder de transformação. Essa vivência gera pertencimento e consciência ambiental”, explicou ao Tribuna de Minas.

Impactos ambientais e econômicos da iniciativa

O impacto ambiental é imediato: evitar que óleo usado chegue à rede de esgoto significa reduzir entupimentos, custos de manutenção e, principalmente, proteger recursos hídricos.

Já no campo econômico, iniciativas como essa podem criar novos mercados, gerar empregos e estimular negócios ligados à logística reversa e à energia renovável.

A ação também envolveu uma feira sustentável com empreendedoras locais, do grupo “Só Delas”, mostrando como a economia verde pode se conectar a outros setores e criar oportunidades de renda em comunidades urbanas.

O futuro da energia no Brasil passa pelo biocombustível?

O Brasil já é referência mundial no uso de biocombustíveis, especialmente com o etanol. Mas o óleo reciclado abre novas perspectivas.

O país é um dos maiores produtores de soja do mundo, base de boa parte do óleo consumido internamente.

Se aplicado em larga escala, o reaproveitamento desse resíduo pode diversificar a matriz energética, reduzir emissões e diminuir a dependência de combustíveis fósseis.

Cientistas e especialistas defendem que, com apoio institucional e políticas públicas adequadas, projetos como o de Juiz de Fora podem ser replicados em outras cidades brasileiras.

A integração entre universidades, escolas, empresas e sociedade é vista como chave para transformar experiências locais em soluções nacionais.

Uma mudança que pode começar na cozinha

O que começou como um teste com apenas 77 litros de óleo já serve de exemplo de inovação sustentável.

Transformar resíduos domésticos em combustível não é apenas uma solução ambiental, mas também um modelo de desenvolvimento econômico e social.

E você, acredita que o combustível feito de óleo de cozinha usado pode realmente mudar o futuro da energia no Brasil? Já participaria de um projeto semelhante na sua cidade? Deixe sua opinião nos comentários — sua visão pode enriquecer esse debate.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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