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Como funciona uma usina nuclear flutuante que promete solucionar o problema de falta de energia em regiões remotas

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 31/08/2021 às 13:55
Atualizado em 21/03/2022 às 10:34
energia - usina nuclear - meio ambiente navio
Nicolai Gontar / Greenpeace

Rússia aposta em usina nuclear flutuante para levar energia para regiões remotas

A energia nuclear sempre foi alvo de muitas controvérsias ao longo das últimas décadas. Contudo, nada se compara com usinas nucleares flutuantes, onde eles se movem e andam por rios e pequenas cidades com difícil acesso em navios gigantes.

Os chamados Reatores Nucleares Flutuantes estão ganhando destaque na Rússia e em alguns países do norte da Europa. O interesse nesta tecnologia é alto porque veem com fundamental para o desenvolvimento de regiões remotas. 

Com as mudanças climáticas, as geleiras do ártico estão derretendo, expondo riquezas de recursos naturais que nunca antes foram vistos. Contudo, para explorar essa riqueza é necessário construir uma infraestrutura nestes locais remotos. Por conta desse problema as usinas nucleares flutuantes ganham força para a geração de energia nestas regiões

Afinal, como é feito um reator nuclear flutuante  

Construir uma usina nuclear flutuante é complexa, já que demanda muito mais trabalhos e mecanismos de segurança do que uma usina convencional feita em solo. Hoje, já existem equipamentos no ártico com reatores nucleares, como quebra-gelos e submarinos. 

Contudo, o grande desafio é fazer um com que o reator se torne o ponto principal do navio. Além disso, é muito importante proteger o reator nuclear de temperaturas extremas, além de tsunamis que podem atingir a embarcação. Um acidente envolvendo um barco com reator nuclear flutuante traria consequências inimagináveis ao meio ambiente

Engenheiros nucleares carregam o reator nuclear na primeira usina nuclear flutuante de Rosenergoatom, a Akademik Lomonosov  Foto: Rosenergoatom

Em 2018, o Rússia lançou a sua usina nuclear flutuante, a Akademik Lomonosov. Esse projeto possui uma forma de reator d’água pressurizada, gerando água aquecida em alta pressão. O equipamento transfere a energia térmica para outro sistema de baixa pressão. 

Outro grande problema é a questão dos dejetos radioativos, sendo encontrado como forma de líquido radioativo. O reator de água pressurizada, em caso de acidente, pode liberar na atmosfera material radioativo. 

Qual o motivo de se investir em uma usina nuclear em um navio 

Construir uma usina nuclear já é uma tarefa muito difícil e cara, agora uma usina nuclear flutuante dá ainda mais trabalho. O principal objetivo de um projeto desse é abastecer com energia industrias e locais muito remotos. 

A Akademik Lomosov, por exemplo, foi construída para abastecer o norte da Rússia. Essas comunidades isoladas poderão se desenvolver com a presença deste navio na região.  

Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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