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Com sensores de até 6.000 km, navio chinês já rastreia aviões dos EUA antes mesmo de decolarem

Publicado em 03/08/2025 às 19:27
Espionagem marítima: como o 815A virou a arma invisível da China contra caças, navios e satélites americanos
Espionagem marítima: como o 815A virou a arma invisível da China contra caças, navios e satélites americanos
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Navio chinês espião 815A torna-se peça-chave na estratégia chinesa de vigilância e dissuasão em zonas sensíveis do Indo-Pacífico

A crescente presença do navio chinês no Indo-Pacífico não se limita a porta-aviões ou mísseis balísticos. Um dos principais trunfos estratégicos de Pequim atende pelo nome de Tipo 815A, um navio-espião capaz de mapear o ambiente militar de seus adversários a centenas de quilômetros de distância. Sua simples presença em águas internacionais já força os Estados Unidos e seus aliados a reverem a forma como conduzem seus exercícios militares.

O 815A não ataca, mas enxerga. Ele coleta dados, intercepta sinais e repassa em tempo real à rede de satélites chinesa, alimentando mísseis antinavio e plataformas de resposta rápida. Para especialistas, sua função é tão decisiva quanto a de um submarino nuclear ou de um bombardeiro stealth, pois atua como o “olho que vê tudo” nos principais pontos de tensão do planeta.

O que é o navio-espião 815A e por que ele assusta os EUA?

Com sensores de até 6.000 km, navio chinês já rastreia aviões dos EUA antes mesmo de decolarem

Lançado a partir de 2010, o Tipo 815A é uma evolução do projeto Beijixing, o primeiro navio de reconhecimento inteiramente construído na China. Com 130 metros de comprimento e 6 mil toneladas de deslocamento, o navio é equipado com sensores de vigilância eletrônica, radomos furtivos e sistemas de comunicação integrados ao BeiDou a constelação de satélites chinesa.

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Ao contrário de um destróier, o 815A não depende de poder de fogo, mas sim de sua capacidade de escanear o espectro eletromagnético em tempo real. Ele pode identificar sinais de radar, rastrear mísseis e monitorar aeronaves até 1.500 km de distância, segundo fontes militares citadas pela BBC e Xataka.

Como o navio chinês atua na prática?

Com sensores de até 6.000 km, navio chinês já rastreia aviões dos EUA antes mesmo de decolarem

Essas embarcações têm sido usadas em missões de vigilância durante grandes exercícios militares ocidentais, como o RIMPAC (Havaí), Talisman Sabre (Austrália) e Cope Thunder (Filipinas). Durante o último, a China posicionou um 815A para interceptar sinais enquanto os EUA testavam seus caças F-35, dificultando a simulação real dos aliados por conta do risco de vazamento de dados.

Além disso, o navio interceptado recentemente pela guarda costeira das Filipinas dentro da sua zona econômica exclusiva, enquanto escoltava outras embarcações chinesas, evidenciou como o 815A também atua como plataforma de coleta de inteligência em zonas contestadas.

Por que isso importa estrategicamente?

A presença de um 815A reduz drasticamente o “efeito surpresa” de manobras militares. Isso obriga os EUA e aliados a limitarem suas emissões de radar e comunicação, prejudicando o realismo e a eficiência de seus treinamentos. Em cenário de guerra real, isso coloca os navios inimigos na mira dos mísseis balísticos antinavio da China, como o DF-26 ou o hipersônico YJ-21.

Além disso, o novo modelo Liaowang-1, também citado na imprensa chinesa, amplia ainda mais esse poder: sensores com alcance de até 6 mil km, inteligência artificial para classificar alvos com 95% de precisão e capacidade de rastrear satélites. Segundo analistas, ele supera até o navio-espião norte-americano Howard O. Lorenzen, projetado com funções semelhantes.

O futuro da guerra pode passar por esse navio chinês

Mesmo sem armamento pesado, o 815A representa um avanço na guerra multidomínio, conectando o mar, o ar e o espaço em uma única rede de vigilância. É a espinha dorsal da inteligência eletrônica chinesa no oceano, e sua evolução está prevista com a adoção de IA, radares AESA com nitreto de gálio e comandos remotos de drones.

Com isso, a China não apenas responde a ações militares dos EUA ela as antecipa. Sua capacidade de enxergar, decodificar e reagir coloca pressão constante nas forças ocidentais que atuam no Pacífico, abrindo um novo capítulo na corrida por supremacia regional.

Você acha que o 815A muda o equilíbrio militar no Pacífico? Esse tipo de vigilância compromete a segurança global ou é parte legítima da dissuasão moderna? Comente abaixo sua visão pode iluminar um debate que afeta a todos.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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