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Com salários de até R$ 90 mil, Petrobras pretende criar cargos comissionados para cada um de seus conselheiros 

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 03/08/2023 às 18:17
Imagem: reprodução. Fonte: G1

Os cargos que podem ser gerados pela Petrobras serão de assessores individuais para cada um dos seus 11 conselheiros  

O conselho de administração da Petrobras apresentou uma proposta interna para avaliar a contratação de assessores individuais para cada um dos seus onze conselheiros, com salários estimados entre R$ 35 mil e R$ 90 mil, de acordo com fontes graduadas da estatal. Esses cargos seriam de livre nomeação, e a remuneração seria definida pelo próprio conselho, de acordo com o site CNN.

Além da proposta de criação dos cargos comissionados, também foi feita uma demanda para que a Petrobras pague cursos na área de óleo e gás para os conselheiros. Esses pedidos foram encaminhados internamente por indicados do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sendo eles o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Sampaio Mendes, que também preside o conselho da Petrobras, e o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do ministério, Vitor Saback.

Justificativa para as demandas

De acordo com interlocutores dos dois indicados, a proposta da Petrobras visa fornecer uma assessoria especializada para aprofundar a análise de projetos da empresa. Quanto aos cursos, os aliados argumentam que eles são necessários para auxiliar na grande iniciativa da Petrobras de promover a transição energética, demandando um aprimoramento contínuo por parte dos conselheiros.

Fontes internas da Petrobras, no entanto, relataram surpresa com as demandas apresentadas. Em primeiro lugar, devido aos custos envolvidos, já que a estimativa é de que cada um dos cargos de assessores tenha uma remuneração entre R$ 35 mil e R$ 90 mil. Em segundo lugar, porque os onze conselheiros já possuem órgãos de assessoramento que os auxiliam em suas tomadas de decisão, contando com seis comitês e um total de 27 pessoas.

Análise em andamento

Os pedidos estão em análise pela Petrobras, e a previsão é de que na próxima reunião do conselho, em agosto, já haja uma resposta sobre o assunto. Vale ressaltar que o conselho não deve ter dificuldades para aprovar a medida, já que seis dos seus onze membros possuem ligação com o governo.

A CNN entrou em contato com a Petrobras em busca de detalhes sobre as propostas, como a quantidade de cargos de assessoramento a serem criados, a remuneração prevista e se já há uma decisão da empresa sobre o assunto. A empresa também foi questionada sobre a justificativa para os conselheiros fazerem cursos na área, custeados pela estatal. No entanto, a Petrobras optou por não comentar o assunto. O Ministério de Minas e Energia também não se manifestou sobre o tema.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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