O presidente Jair Bolsonaro declarou, na última segunda-feira (6), que com a desvalorização do petróleo Brent, a Petrobras precisa baixar o preço cobrado na revenda de gasolina para os consumidores
Após afirmar que a Petrobras iria anunciar uma diminuição no valor da gasolina e dos demais combustíveis nesta semana – o que fez com que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abrisse processo administrativo contra a Petrobras -, o presidente da república, Jair Bolsonaro, disse nesta segunda-feira, 6 de dezembro, que o valor cobrado ao consumidor pela gasolina “tem que cair” com as diminuições nas cotações do petróleo Brent no mercado global.
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Ao chegar ao Palácio da Alvorada na segunda-feira, Bolsonaro declarou a apoiadores “Precisa ter bola de cristal para dizer que tem que cair o preço da gasolina caindo o Brent? Se eu não me engano, quase US$ 10 de redução. Tem que cair. Eu falei isso aí, pronto, informação privilegiada”, mostrando que não recebeu notícias antecipadas no que diz respeito a estratégia da Petrobras para o reajuste de preço da gasolina.
O petróleo Brent, que é a referência internacional para a decisão de preços da gasolina pela Petrobras, negociado em Londres, fechou hoje, 7 de dezembro, a US$ 73,08 o barril. Um mês atrás, o contrato futuro mais líquido dessa matéria-prima acabou a sessão cotado em US$ 82,74. Houve, então, no período de um mês, queda de US$ 9,66.
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Preocupado com a proximidade das eleições de 2022 e com o efeito da inflação em sua popularidade mediante aos eleitores, o presidente Jair Bolsonaro tem criticado de forma assídua a política de preços da Petrobras, que baseia os reajustes dos preços da gasolina e outros combustíveis à variação internacional do valor do petróleo.
Ontem mais cedo, a Petrobras apresentou um comunicado ao mercado para desmentir a declaração que Bolsonaro realizou e também declarou que não antecipa as decisões a respeito dos reajustes de preços da gasolina. Mesmo assim, a CVM iniciou o processo para investigar a empresa.
Preço da gasolina fica 49,8% mais cara em um ano e brasileiros recorrem a outros combustíveis, como etanol e GNV
O mês de novembro fechou com o preço da gasolina em alta em todas as bombas brasileiras, é o que aponta o Índice de Preços Ticket Log (IPTL). Com o valor médio de R$ 6,926, o combustível teve acréscimo de 7,42%, se comparado ao fechamento da média nacional de outubro, período em que já registrava o valor de R$ 6,447. Confira esta matéria clicando aqui.