Petrobras põe à venda refinarias, dutos e distribuição, e deixa a exploração do pós-sal com o objetivo de levantar quase R$ 100 bilhões
5O mil empregos serão gerados com o descomissionamento de 21 plataformas da Petrobras na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Foi na região que a Petrobras tornou-se a maior especialista em exploração de petróleo em alto mar. A companhia possui hoje 34 plataformas em atividade na região.
No entanto, com o objetivo de focar no pré-sal, que tem surpreendido pela produtividade e qualidade do óleo, a Petrobras começa a se desfazer de 250 concessões, uma grande parte deles na bacia de Campos.
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A estatal mira arrecadar cerca de 100 bilhões de reais, para isso a companhia também pôs a venda oito refinarias, dutos e distribuição. Segundo a Petrobras o dinheiro será usado para investimentos e abatimento da sua dívida de quase 400 bilhões de reais.
A determinação veio da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que mira no exemplo do Mar do Norte para traçar essa nova indústria no Brasil.
De imediato, 180 estão sendo repassadas para a iniciativa privada. A finalidade da Agência é que outras empresas façam prospecção em áreas não exploradas e reativem poços que ainda tenham petróleo para ser retirado.
Neste ano oito plataformas estão em processo de descomissionadas — o termo técnico para a desativação. Empresas estão sendo contratadas para o desmonte e venda da sucata.
Na camada chamada de pós-sal no Brasil, temo 66 plataformas que entrarão em fase de descomissionamento. Estima-se que nos próximos 10 anos, serão desativadas só na bacia de Campos 34 plataformas. As informações foram feitas pela ANP.
Pelo ineditismo e também pelos riscos ambientais, é mais complexo desmontar uma estrutura de produção de petróleo e gás instalada em alto mar – com plataformas e extensas redes de linhas submarinas – do que instalá-la.
Há dois anos, a ANP avalia uma nova regulamentação, de olho no ciclo de retirada dessas unidades que se inicia em 2020. Mas, frente aos riscos e à necessidade de debater com empresas, com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e a Marinha, apenas no fim de outubro deve sair a nova resolução sobre o tema.
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