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Com o fim do contrato com a Petrobras, Compass e Potiguar E&P disputam fornecimento de gás no Rio Grande do Norte

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 13/04/2021 às 09:23
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Unidade de gás natural / Fonte: Reprodução Google

Fim do contrato com a Petrobras em janeiro de 2022 gera disputa entre Compass e Potiguar E&P para fornecimento de gás no Rio Grande do Norte

No Rio Grande do Norte, a distribuidora de gás Potigás habilitou as empresas Compass e Potiguar E&P para a fase de negociação de propostas da Chamada Pública Coordenada para Aquisição de Gás Natural. Dentre os vários supridores inscritos na seleção, as duas atenderam as diretrizes do edital e apresentaram as melhores propostas.

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Faz parte da chamada pública coordenada de distribuidoras do Nordeste. Puderam participar do certame produtores, importadores ou agentes comercializadores.

A chamada pública foi lançada de forma simultânea com as concessionárias dos estados de Alagoas (Algás), Ceará (Cegás), Pernambuco (Copergás), Rio Grande do Norte (Potigás) e Sergipe (Sergás) .

Fim do contrato com a Petrobras gera disputa entre Compass e Potiguar E&P para fornecimento de gás no Rio Grande do Norte

Os contratos atuais com a Petrobras se encerrarão em janeiro de 2022, sendo necessário firmar novos acordos, informou a distribuidora.

Compass é subsidiária de comercialização de gás e geração de energia de energia do grupo Cosan, que controla a Comgás (SP), maior distribuidora do país.

A Potiguar E&P, da PetroRecônvaco, opera campos na Bacia Potiguar e estima que a partir das aquisições de ativos produtores da Petrobras será possível aumentar em até 300 mil m³/dia a oferta local de gás. Depende de acesso à infraestrutura.

A Potigás tem 450 km de rede, atende a mais de 29 mil clientes na Grande Natal e Mossoró. Prevê a compra de até 236 mil m³/dia e gás, em um lote único de contratação.

Preço do etanol e da gasolina disparam, Petrobras aumenta GNV em 39% e reajuste pode impactar ainda mais o bolso dos brasileiros nas próximas semanas

Na última segunda (5), a Petrobras anunciou o reajuste em 39% nos preços de venda do Gás Natural Veicular para as distribuidoras. A partir de maio o GNV, a principal opção para motoristas que circulam muitos quilômetros por dia e fogem do aumento do preço da gasolina e etanol também vai impactar no bolso dos brasileiros, porém mesmo com o reajuste, abastecer com Gás Natural continuará sendo vantajoso, afirma Copergás.

Diferentemente dos preços da gasolina, diesel e GLP (utilizado no botijão de gás e cozinha), o gás veicular é reajustado trimestralmente. A alta em reais por metro cúbico passa a valer em 1º de maio e o preço será mantido até o fim de julho.

Governo Federal aprova nova Lei do Gás, que põe fim ao monopólio da Petrobras

O Presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei do gás, nesta quinta-feira (8). Esta Lei, que é um novo marco do gás, prevê a alteração nas regras do mercado de gás natural. Após a aprovação, essa nova lei tem sido um dos principais planos do governo federal. Desde 2019, o governo federal tem anunciado um programa para tirar o monopólio da Petrobras e destravar investimentos.

Brasil terá mais espaço para a concorrência e o preço do gás deve cair; OnCorp prevê investimento de R$ 500 milhões GNL

A Petrobras anunciou recentemente um aumento de 39% no preço gás natural. Como já era esperado, a notícia não foi muito bem vista pela indústria brasileira e soluções para esses problemas no futuro estão sendo buscadas. A Shell foi a vencedora da chamada publica e irá fornecer gás natural doméstico à Copergás no próximo ano e também durante todo o ano de 2023.

A holding brasileira OnCorp, que possui acionistas do EUA conseguiu uma parceria como Shell para tentar se associar a GNL. Além disso, ela é a responsável pelo afretamento do FSRU navio de regaseificação do Gás Natural Liquefeito, pelo terminal e também pela comercialização do Gás Natural Liquefeito com os outros clientes.

O GNL virá dos Estados Unidos, Trinidad e Tobago, África do Sul. Já o gás natural gasoso, que será comercializado com Copergás virá do Rio, vindos do portfólio. da Shell, diz João Mattos, diretor da OnCorp e Ongás. A OnCorp irá investir mais de R$ 500 milhões, onde R$ 160 milhões será gasto com a infraestrutura e o terminal. João Mattos ainda destacou que a GNL deve trazer benefícios ao Estado, como gerar mais eficiência para a indústria e economia.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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