Venda de plataformas da Petrobras e pandemia esvazia negócios em cidades do petróleo como Macaé e Campos dos Goytacazes
Um dos principais campos de produção de petróleo já se encontra em uma onda de decadência que acabou se agravando ainda mais com a chegada da Pandemia do coronavirus, a Petrobras nunca se desfez de tantos campos e plataformas de petróleo como nos últimos dois anos o efeito disso atinge cidades como Macaé e Campos dos Goytacazes.
Neste ano de 2020, pela primeira vez desde a existência da Bacia de Campos a produção ficou a baixo de 1 milhão de barris de Petróleo por dia.
Macaé e Campos dos Goytacazes são as áreas mais afetadas
O efeito dessa enxurrada de acontecimentos inesperados acaba se tornando visível em cidades como Macaé e Campos dos Goytacazes com vendas de imóveis e placas de alugueis espalhadas por todo lado. A empreendedora Manoela Guedes afirma que antes tinha mais de 10 funcionários com carteira assinada, mas que com a chegada da Pandemia teve que dispensar todos.
- Vitória do petróleo e gás? Empresas petrolíferas estão se afastando da energia verde e faturando BILHÕES com combustíveis fósseis
- Petrobras choca o mundo ao prometer TRANSFORMAR o Brasil com investimento de US$ 111 BILHÕES e geração de milhares de empregos! Será a virada do país?
- Petrobras tem plano audacioso de investimentos: a área de exploração e produção contará com um orçamento de US$ 77 bilhões (R$ 440 bilhões), enquanto US$ 20 bilhões (R$ 114 bilhões) serão destinados ao refino
- Brasil e Argentina fecham mega-acordo para importar gás natural barato e revolucionar a integração energética na América do Sul!
“Servia almoços e lanches em um pequeno espaço que abri no centro de Macaé no ano de 2010, 5 anos depois já começou a crise. Agora tenho que vender bolo em minha casa” Acrescenta Manoela Guedes. A situação em Campos dos Goytacazes chega a ser pior, uma vez que a Petrobras teve que esvaziar um prédio inteiro para cortar gastos em 2019.
“Se as atividades que envolvem petróleo e gás entram em declínio, a mão de obra acaba indo buscar em outros lugares“, afirma o presidente da associação comercial Leonardo Abreu.
Efeitos da operação lava-jato
O professor de economia do instituto UFRJ Iderley Colombini afirma que tudo teve início durante a operação lava-jato e agora estão em contínuo declínio junto a queda da cotação do petróleo e programas de desinvestimento da Petrobras.
O economista ainda afirma que em nenhum momento da existência da Petrobras a mesma se desfez de tantas áreas de produção de petróleo como está fazendo desde 2019 e dando continuidade atualmente em 2020.
Ao todo já foram vendidos seis campos de petróleo integralmente e mais dois parcialmente. Em entrevista a Petrobras negou o fato de ter diminuído a sua participação no norte fluminense e afirma que “mantém-se em plena atividade” onde atua e pretende renovar para incluir em seu portifólio atividades de maior valor agregado.
“O nosso plano inclui a instalação de 3 novas unidades na Baci de Campos, projetos para aumentar ainda mais a produção de petróleo, revitalizar e reorganizar a malha de escoamento”, destacou a Petrobras por meio da sua asseoria de imprensa.
Macaé contesta matéria em jornal de São Paulo
Leitores macaenses se revoltaram com o conteúdo da matéria descrito pela revista pequenas empresas grandes negócios com a afirmativa de que tudo relatado se tratavam de mentiras. Ao afirmar que a Petrobras nunca se desfez de tantos Campos de produção de petróleo antes leitores relatam uma grande inverdade.
Leitores de Macaé afirmam que a cidade é e continuará sendo o centro das oportunidades e geração de empregos. Francisco Navega, o presidente da associação comercial e industrial de Macaé também contestou a matéria afirmando que mesmo em meio as dificuldades Macaé se trata de uma das cidades com maior arrecadação de investimentos.
“A Reportagem do Estadão foi tendenciosa, reportando somente o lado do desinvestimento. Não fala nada dos vultosos investimentos e riquezas de Macaé, como o Porto do Açu, as Termoelétricas, o aumento da operação logística no Porto da Petrobras, da UPGN do projeto Clima, do Terminal Portuário de Macaé (Tepor)”, e a jornalista suprimiu da reportagem os dois lados de uma mesma moeda”, disse ele.
“Devemos promover o lazer em função dos aeroportos privados, promover a gastronomia e junto a isso as grandes obras de Macaé, principalmente as empresas novas que estão chegando para operarem os poços maduros que a Petrobras vem se desfazendo.” Afirma o presidente da Acim.
Fonte: Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios