Os investimentos conjuntos da China com Eike vão atingir dezenas de bilhões de reais, em projetos de óleo e gás, mineração, energia renovável e infraestrutura
Aliado aos chineses, o ex bilionário Eike Batista tenta recomprar Porto do Açu que já pertenceu integralmente a MMX, empresa do grupo EBX com a ajuda da companhia China Development Integration (CDIL). Além disso, Eike quer voltar a ocupar o papel de protagonista e mira a construção de uma usina solar com capacidade para gerar 1.100 megawatts, em parceria com a empresa Taiwa. Ele também tem outros projetos engatilhados na área de mineração para ser instalado no Porto.
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A construção de um parque de energia solar de 1.100 megawatts de capacidade, com os primeiros 300 sendo construídos numa área adjacente ao Porto do Açu, devem ter os painéis fornecidos pela chinesa Trina Solar, uma das maiores produtoras de placas solares do mundo.“A tarifa de energia no Brasil é a melhor do mundo,” disse Amir, que ficou no Brasil de dezembro a fevereiro negociando com Eike e visitando os ativos.
Eike fecha parceria com a China e ganha capital ‘infinito’ para colocar em prática projetos de óleo e gás, mineração, energia renovável e infraestrutura no Brasil
Após ver seu império indo por água abaixo o ex bilionário Eike Batista tem ocupado o seu tempo nutrindo uma lista de pelo menos 11 projetos que ele chama de ‘unicórnios’, no qual estão inclusos um gasoduto que liga o Brasil ao Paraguai, novas minas de ouro, energia renovável e nanotecnologia.
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Os novos negócios entre os chineses e o ex bilionário será da seguinte forma: Eike aporta seu pipeline de projetos (incluindo ativos e ativos opcionados) e o CDIL fornece o capital aparentemente infinito, além de carregar consigo diversos bancos e estatais chinesas que serão responsáveis em fornecer máquinas, equipamentos e serviços e, quando se tratar de commodities agrícolas ou metálicas, garantirão a compra da produção na forma de offtake agreements.
Eike “é um dos maiores desenvolvedores de recursos naturais da história,” o chairman do CDIL, Andy Lai, disse ao Brazil Journal numa videochamada por Zoom de Hong Kong. “Ele desenvolveu uma das maiores minas do mundo [o projeto Minas-Rio, que hoje pertence à Anglo American], conhece os dados sobre as grandes reservas ainda inexploradas e botou de pé os maiores projetos de infraestrutura do Brasil. Para nós, aproveitar seu conhecimento e experiência é algo sábio.”
“Os chineses viram o Açu, a OGX e a MMX e disseram, ‘O Eike pensa muito como a gente, mas isso tudo que ele fez é coisa para governos fazerem, é escala de governo’,” disse Pedro Guimarães, da Rubicon. Segundo ele, Eike contribuirá com sua “cabeça estruturante”, e o CDIL ajudará com capacidade de gestão.
Eike e China anunciam parceria e ações da MMX – empresa em recuperação judicial do ex bilionário, disparam na bolsa de valores
Após a grande notícia, de que Eike fecha parceria com a China e ganha capital ‘infinito’ para colocar em prática projetos de óleo e gás, mineração, energia renovável e infraestrutura no Brasil, as ações da MMX, empresa em recuperação judicial do ex bilionário, disparam na bolsa de valores.
MMX Mineração e Metálicos, empresa do grupo EBX que atua na mineração de minério de ferro, voltaram para o radar dos investidores desde meados de março, após saltarem mais de 500% em 2020.
Em 2021, os ativos acumulam ganhos de 63,47% levando em conta o fechamento até a últoma terça-feira sendo que, desde o fechamento de 18 de março até a última sessão, os ganhos acumulados foram de 84%.