Com o vazio nuclear deixado pela usina nuclear de Fukushima, o Japão vem estudando formas de mudar a sua matriz energética e diminuir a sua dependência do carvão e do petróleo. Essa é uma forma encontrada pelo governo para tornar o meio ambiente mais sustentável e abranger o seu crescimento populacional expressivo associado à falta de espaço para construção de usinas em terra.
De acordo com dados revelados pelo Energy Global, é estimado que o Japão consiga ter ao menos 36% de sua matriz energética voltada para energias renováveis, como a eólica e solar, um dos focos da ilha o meio offshore (usinas em alto mar), que permitirá espalhar diversas usinas sem que estejam em terra. As usinas em alto mar são uma forma de suprir a alta demanda energética sem ocuparem um espaço que poderia estar sendo utilizado para a construção de prédios para a população e empresas.
O Global Data afirma que o mix de geração global será de 34% até o ano de 2030 para a energia renovável, sendo ela voltada para uso de hidrogênio, solar e eólica. Não é somente o Japão que vem investindo massivamente nesta transição, como também outros países: os Estados Unidos desenvolveram, recentemente, um painel solar capaz de ser adicionado nas janelas de apartamentos porque é transparente. Logo, não precisaria ocupar espaço de terrenos e tetos.
Enquanto isso, uma startup mexicana também teria desenvolvido um projeto para criar painéis solares de algas. Ele funcionaria da seguinte forma: as algas recebem a luz solar e reagem para formação de seu próprio alimento por intermédio de fotossíntese. A fotossíntese libera calor. O calor seria utilizado pelas residências ao ser convertido. Outra vantagem deste painel é que as algas conseguem captar, sobre o meio ambiente, o dióxido de carbono, liberando O2, utilizado pelos seres humanos em seu processo de respiração e pode “desacentuar” o efeito estufa.
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Sexto Plano Estratégico de Energia para uso de energia solar e eólica foi lançado pelo Japão em 2021
No mês de outubro do ano de 2021, o Japão lançou um plano estratégico que abordaria como haveria a sua transição para o uso de fontes renováveis por intermédio de energia solar e eólica offshore, ou seja, fora da costa pela falta de espaço.
No entanto, um relatório lançado pelo ‘Japan Power Market Size, Trends, Regulations, Competitive Landscape, and Forecast, 2022 – 2035‘ mostra que o país vem enfrentando dificuldades específicas para que jaja esta transição, como o aumento de preços dos painéis e falta de tecnologia altamente produtiva para suprir as demandas de sua elevada população. Além disso, várias concessionárias que atuam no país, contam com taxas de conexão elevadas, o que dificulta o processo de transição. É estimado que, somente para o início dos investimentos mais massivos, tiveram que perder mais de 4 anos com processos regulatórios.
Saibasan conclui em sua análise: “A energia eólica offshore é uma opção, e o país também está experimentando a energia solar flutuante. Esses recursos eram caros, mas agora são mais econômicos com melhorias na tecnologia. Mais uma vez, os esforços do Japão para implementar um sistema de licitação pública para aprovar novos projetos de energia renovável poderão aproveitar a queda dos preços das tecnologias mais recentes”.
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Um estudo elaborado pela Origami Solar prevê que a criação de painéis solares fabricados com o uso de aço pode ser uma maneira dos países diminuírem a dependência do alumínio e reduzir os custos para a transição energética. Ao fazer o uso do aço advindo da Alemanha, consegue-se reduzir as emissões de dióxido de carbono no meio ambiente em até 94%.