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Cientistas encontram evidências sugerindo que nosso universo está girando desde o nascimento dentro de um buraco negro

Publicado em 16/03/2025 às 22:34
Buraco negro, Universo, James Webb
Imagem representativa.

Nova pesquisa baseada em observações do telescópio James Webb levanta a hipótese de que o universo pode estar contido dentro de um buraco negro, desafiando conceitos tradicionais da cosmologia

Mais de um século atrás, Karl Schwarzschild desenvolveu equações que descreveram matematicamente os buracos negros. Seu trabalho abriu caminho para a cosmologia do buraco negro, conhecida como cosmologia de Schwarzschild.

Décadas depois, nos anos 1970, os cientistas Raj Kumar Pathria e IJ Good avançaram nessa ideia. Eles sugeriram que o raio de Schwarzschild, conhecido hoje como horizonte de eventos, poderia ser o limite do nosso universo.

Em outras palavras, eles propuseram que vivemos em um buraco negro inserido em um universo maior. Agora, um novo estudo, com base em dados do Telescópio James Webb, sugere que essa teoria pode estar correta.

Uma direção favorita

Os cientistas geralmente assumem que o universo é homogêneo e isotrópico. Homogeneidade significa que suas propriedades são uniformes em qualquer ponto, enquanto isotropia indica que ele se parece igual em todas as direções.

No entanto, um estudo analisando 263 galáxias observadas pelo projeto JADES (James Webb Space Telescope Advanced Deep Extragalactic Survey) encontrou algo inesperado.

Se o universo fosse isotrópico, as galáxias deveriam girar de maneira equilibrada: metade no sentido horário e metade no sentido anti-horário.

Mas os pesquisadores descobriram que a rotação das galáxias não é equilibrada. Aproximadamente um terço delas girava no sentido anti-horário, enquanto mais de dois terços apresentavam rotação no sentido horário.

A análise das galáxias foi feita por análise quantitativa de suas formas, mas a diferença é tão óbvia que qualquer pessoa que olhe para a imagem pode vê-la. Não há necessidade de habilidades ou conhecimento especiais para ver que os números são diferentes. Com o poder do Telescópio Espacial James Webb, qualquer um pode vê-lo“, afirmou Lior Shamir, autor do estudo e professor da Universidade Estadual do Kansas.

Essa assimetria sugere que o universo pode ter uma direção de rotação preferida. Mas qual seria a explicação para isso?

Duas possibilidades

Segundo os pesquisadores, a discrepância na rotação das galáxias pode indicar que o universo já nasceu girando. Essa ideia está alinhada com a cosmologia do buraco negro, que sugere que o universo inteiro pode estar em um buraco negro maior.

Uma explicação é que o universo nasceu girando. Essa explicação concorda com teorias como a cosmologia do buraco negro, que postula que o universo inteiro é o interior de um buraco negro. Mas se o universo realmente nasceu girando, isso significa que as teorias existentes sobre o cosmos são incompletas“, afirmou Shamir.

Outra possibilidade envolve o efeito Doppler. Esse fenômeno ocorre quando a luz ou o som de um objeto mudam de frequência devido ao seu movimento em relação ao observador. No contexto astronômico, a Terra gira em torno do centro da Via Láctea, movendo-se em uma direção específica.

Se uma galáxia gira no sentido oposto ao movimento da Terra, a luz que emite pode parecer mais brilhante e, portanto, ser mais facilmente detectada pelos telescópios. Esse efeito pode estar influenciando a proporção observada de galáxias que giram em um sentido específico.

Caso essa explicação esteja correta, as medições de distância no universo profundo precisariam ser recalibradas. Isso poderia impactar outras questões cosmológicas, como as diferentes taxas de expansão do universo e a idade de certas galáxias.

Se esse for realmente o caso, precisaremos recalibrar nossas medições de distância para o universo profundo. A recalibração das medições de distância também pode explicar várias outras questões não resolvidas na cosmologia, como as diferenças nas taxas de expansão do universo e as grandes galáxias que, de acordo com as medições de distância existentes, são esperadas como mais velhas do que o próprio universo“, concluiu Shamir.

Com informações de Interesting Engineering.

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