Brasil fica abaixo da média mundial em segurança cibernética. Estudo alerta para riscos digitais e necessidade de educação tecnológica.
Brasil fica atrás do mundo em segurança cibernética: estudo revela alerta global
O que está acontecendo com a segurança digital no Brasil?
Um levantamento internacional mostra que os brasileiros identificam menos ameaças digitais que a média mundial. Enquanto outros países melhoram a detecção de riscos online, o Brasil ainda enfrenta grandes desafios nessa área.
Quem realizou essa pesquisa?
A NordVPN, referência global em tecnologia para proteção online, coletou e analisou esses dados. Assim, a empresa avaliou o comportamento digital dos usuários em vários países.
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Quando divulgaram o estudo?
Em 2025, o relatório revelou dados atuais e importantes sobre a segurança digital no Brasil.
Onde o Brasil se encaixa?
Os dados mostram que o Brasil fica atrás da maioria dos países, destacando uma lacuna preocupante em preparação digital.
Como avaliaram essa situação?
A pesquisa testou a capacidade das pessoas para identificar links e sites falsos, habilidade essencial para evitar golpes e fraudes.
Por que o Brasil está vulnerável?
A falta de educação tecnológica e a rápida evolução dos crimes digitais deixam os brasileiros expostos. Sem preparo, muitos não acompanham as mudanças e viram alvos fáceis para criminosos.
Brasileiros ficam abaixo da média mundial em segurança digital
De acordo com o estudo, apenas 43% dos brasileiros conseguiram identificar links falsos, o que representa uma queda preocupante em relação aos 49% registrados no ano anterior.
Além disso, a situação se agrava ainda mais quando o desafio envolve a identificação de sites falsos: nesse caso, a taxa de acerto despencou de 34% para apenas 27% em 2025.
Em contraste, no cenário global, os números permanecem significativamente mais altos, o que evidencia uma lacuna cada vez mais preocupante entre o Brasil e outros países no campo da segurança cibernética.
Esse desequilíbrio revela não apenas a vulnerabilidade dos usuários brasileiros, mas também a urgente necessidade de investir em educação digital e conscientização sobre os riscos online.
nteligência artificial amplia riscos de golpes digitais
A pesquisa também mostrou que apenas 11% dos brasileiros entendem os riscos de privacidade ao usar inteligência artificial no ambiente de trabalho. Além disso, só 13% sabem proteger a rede Wi-Fi doméstica.
Segundo a especialista em segurança cibernética Priscila Meyer, o problema está na velocidade com que a tecnologia evolui:
“Com o uso de inteligência artificial, as mensagens fraudulentas ficaram muito mais personalizadas e, com isso, muito mais convincentes.”
Ela reforça que os criminosos estão se aproveitando dessa nova realidade, enquanto a população ainda carece de educação digital sólida.
Cotidiano mostra falhas na proteção
O estudo também ouviu brasileiros sobre o tema. Arnaldo Ribeiro, funcionário de uma ótica, reconheceu:
“Sou meio relapso, né? Meio complicado até de responder.”
O motorista José Rodrigo dos Santos também relatou insegurança:
“A gente baixa um pouco a guarda, né?”
Esses relatos reforçam o diagnóstico: a segurança digital no Brasil ainda é tratada de forma superficial, mesmo diante de um cenário em que os crimes virtuais crescem rapidamente.
Falhas no Wi-Fi doméstico e riscos à privacidade
Outro ponto crítico está nas redes domésticas. Segundo Priscila Meyer:
“Muitos roteadores vêm com nomes de usuário e senhas padrão de fábrica, que são muito fáceis de serem descobertos pelos cibercriminosos. Mudar essa combinação imediatamente, assim que o técnico estiver instalando, é uma das primeiras e mais importantes medidas de segurança.”
Para a especialista, o Brasil precisa encarar a segurança digital como prioridade estratégica, já que falhas simples podem comprometer dados pessoais, financeiros e até infraestrutura nacional.
Educação tecnológica é a chave para o futuro
A conclusão do estudo e dos especialistas é clara: o Brasil só alcançará níveis mais altos de segurança cibernética com educação tecnológica contínua.
Priscila Meyer resume:
“Um processo de capacitação contínua, uma vez que o ambiente digital está sempre em transformação, é o que vai proporcionar um maior nível de segurança digital para uma proteção econômica, social e de infraestrutura do Brasil.”
Assim, ciência, tecnologia e capacitação devem caminhar juntas para que o país consiga acompanhar os avanços do mundo digital e reduzir sua vulnerabilidade diante das ameaças online.