A falta de bismuto, dominado pela China, pode desacelerar projetos de IA nos EUA e expõe riscos na cadeia global de tecnologia
O avanço da inteligência artificial pode ser freado por um fator pouco discutido: a escassez de bismuto. Esse metal, fundamental para a indústria de chips e placas eletrônicas, é amplamente controlado pela China.
Atualmente, o país responde por até 84% da produção mundial. Essa concentração coloca os Estados Unidos em uma posição vulnerável, especialmente em meio à disputa tecnológica com empresas como Google, Amazon e NVIDIA envolvidas diretamente no setor de IA.
O bismuto tem características únicas. É menos tóxico que o chumbo, expande ao solidificar e resiste à condução térmica.
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Por isso, tornou-se peça-chave na fabricação de hardware de alta performance. Data centers que lidam com grandes volumes de informação e sistemas de inteligência artificial dependem desse tipo de material para garantir eficiência e segurança no processamento de dados.
Recentemente, o governo chinês passou a restringir a exportação de diversos minerais estratégicos. A medida foi uma resposta direta às sanções impostas pelos Estados Unidos e seus aliados.
Metais como gálio, germânio e escândio já haviam sido incluídos na lista de restrições. Agora, o bismuto também entrou no radar de controle, o que acende um alerta vermelho na cadeia de suprimentos de tecnologia de ponta.
Essa nova barreira comercial ameaça diretamente os planos de expansão dos data centers norte-americanos.
Sem acesso garantido ao bismuto, os projetos ligados à inteligência artificial podem sofrer atrasos ou até ser suspensos.
A situação pressiona o governo dos EUA a buscar soluções diplomáticas, mas, até o momento, não há avanços significativos nas negociações com Pequim.
Enquanto isso, os bastidores do setor já mostram sinais de preocupação. Grandes empresas da área tecnológica sinalizam que as reservas de bismuto estão perto do limite.
A dependência da China nesse aspecto coloca em risco o ritmo acelerado de inovação no Ocidente.
A disputa pelo controle de metais raros e estratégicos transforma a mineração em um campo crucial na atual guerra fria digital.
Nesse cenário, o metal, antes pouco conhecido, passa a ocupar o centro de uma disputa que vai muito além da tecnologia.
Com informações de IGN Brasil.