China suspende importação de carne bovina brasileira após caso de “vaca louca”

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou, na noite desta quarta-feira (22), que suspendeu temporariamente as exportações de carne bovina brasileira para a China, em virtude de um caso de “vaca louca” confirmado em Marabá, Pará.

Segundo o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a medida vale a partir desta segunda-feira, 23. A suspensão das exportações de carne bovina brasileira é parte do protocolo sanitário oficial. O ministério também comunicou à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e enviou amostras do animal, um boi de 9 anos, para laboratório referência em Alberta, Canadá, onde será confirmado se o caso é atípico.

Em entrevista à CNN Brasil, Fávaro explicou que não há previsão para retomada das exportações de carne bovina brasileira para o país asiático: “Não podemos prever quantos dias, mas os protocolos são seguidos. Quero crer que antes da visita do presidente Lula à China, prevista em março, o caso será solucionado”.

Governo apura caso suspeito de vaca louca

O ministro garantiu que todas as providências estão sendo adotadas imediatamente para garantir a qualidade reconhecida da carne brasileira tanto para consumidores brasileiros quanto mundiais.

No entanto, o Ministério garantiu que não há riscos à saúde pública no mercado interno devido a este caso. Os consumidores nacionais podem continuar adquirindo carne bovina brasileira com tranquilidade. A pasta alertou apenas para o cumprimento das recomendações de preparação adequada dos alimentos antes de serem consumidos. 

Muitas incertezas ainda pairam sobre o futuro das exportações de carne brasileira à China. Enquanto isso, o Mapa mantém-se vigilante sobre a situação e na esperança de uma solução rápida para que os laços comerciais entre os dois países possam voltar a normalizar-se logo que possível.

Ministro da Agricultura esclarece sobre possível caso atípico de “vaca louca” e análise laboratorial no Canadá

Um alerta foi emitido nesta quarta-feira 22, pela Adepará (Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará), que informou o registro inicial de 1 caso suspeito de “vaca louca” em uma pequena propriedade no sudoeste do Pará, com 160 cabeças de gado. O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse que ainda não existe confirmação se o caso se trata da forma atípica da doença, ou seja, a que não causa risco de disseminação ao rebanho e aos humanos.

Entretanto, para esclarecer a situação, Fávaro destacou que é necessário obter um resultado de exame laboratorial feito com amostras enviadas a um laboratório localizado em Alberta, no Canadá. O ministro também afirmou que “não há risco algum de contaminação” e que o governo está seguindo protocolos adequados para isolamento da propriedade e abate dos animais afetados.

Fávaro destacou a importância de praticar as medidas preventivas contra doenças transmitidas por alimentos contaminados e reiterou que “não há motivos para preocupação” sobre o consumo de carne bovina. De acordo com ele, os brasileiros podem confiar na experiência dos técnicos veterinários do Ministério da Agricultura, bem como na proibição brasileira em relação ao consumo de rações de origem animal.

Ainda é necessário aguardar mais detalhes para definir o tipo exato da doença registrada no Brasil. Enquanto isso, o Governo Federal tem adotado medidas preventivas para evitar a disseminação da enfermidade entre as cabeças de gado e os humanos.

Exportações de carne bovina brasileira suspensas

O Brasil sofreu um impacto significativo na área da agricultura e pecuária nesta semana, após o Ministério da Agricultura confirmar a investigação de um possível caso de “vaca louca” no Pará. O anúncio levou à suspensão temporária das exportações de carne bovina brasileira para a China e gerou uma queda acentuada nas ações das principais empresas do setor, como Minerva, BRF, Marfrig e JBS.

De acordo com o ministro da Agricultura e Pecuária, o Brasil está cumprindo formalidades protocolares com a China e outros países fornecedores. Embora seja um processo necessário, ele tem causado prejuízos aos vendedores que dependem das exportações para se manterem. O anúncio também trouxe preocupação com relação à qualidade dos produtos nacionais.

A notícia do possível caso de “mal da vaca louca” no Pará foi recebida com grande preocupação pelos frigoríficos brasileiros, já que suas ações despencaram em consequência disso. A Minerva foi a mais afetada, com uma queda de 7,92% nas primeiras horas após o Carnaval.

Apesar do impacto negativo na economia brasileira, o governo tem buscado meios de garantir a saúde dos animais através de exames mais rigorosos e controles sanitários mais estritos. Isso é importante para garantir que os produtos nacionais sejam seguros para consumo humano e evitar prejuízos financeiros futuros.

Sendo assim, o ministro Fávaro destacou que o governo busca dar segurança a todos os envolvidos no mercado alimentício. Ele ressaltou que todas as medidas tomadas são devidas à transparência e ao respeito às normas internacionais. Apesar dos problemas enfrentados pelo setor agropecuário brasileiro, é importante lembrar que o país continua sendo reconhecido mundialmente por sua produção de alimentos saudáveis e carne bovina seguros para consumo humano.