China reduz preço de carros elétricos e painéis solares, abalando todo o mercado internacional. País está se tornando uma potência e deixa EUA e outros países preocupados.
Empresas da China, especialmente no setor de carros elétricos e painéis solares, estão adotando a estratégia de reduzir preços para ampliar sua presença nos mercados internacionais. Essa abordagem é uma resposta ao enfraquecimento da demanda doméstica que essas empresas estão enfrentando. A expansão agressiva, no entanto, está gerando novas tensões comerciais, pois concorrentes globais começam a ver as empresas chinesas como uma ameaça significativa à sua estabilidade financeira.
Consequências da redução de preços da China em carros elétricos e painéis solares
As tensões são mais agudas na Europa, onde os reguladores da União Europeia abriram uma investigação antissubsídios refletindo a preocupação de que a China esteja inundando a região com carros elétricos de baixo custo.
Pequim afirma que a investigação é um ato protecionista descarado que perturbará a cadeia global de abastecimento de veículos. Já os EUA anunciaram recentemente taxas sobre produtos metálicos de folha de flandres, um tipo de chapa de metal fabricados na China e de dois outros países, após afirmarem que seus produtores de aços estavam vendendo a preços injustamente baixos.
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A Índia investiga se a China inundou o país com uma série de produtos, que variam desde químicos a peças de construção civil, a preços injustos. O Vietnã começou a examinar se as torres eólicas importadas do gigante asiático prejudicaram as fabricantes nacionais. As autoridades da China afirmaram que os fabricantes de carros elétricos e painéis solares do país estão competindo de forma justa e que seus produtos estão ganhando participação de mercado no exterior porque são atraentes para os compradores estrangeiros.
Os governos locais da China têm subsidiado viagens ao exterior para empresas venderem mais, e pedem que bancos façam empréstimos a empresas que desejam se expandir nos países participantes do programa Cinturão e Rota da China.
80% dos painéis solares serão produzidos na China até 2026
Pequim também pediu que instituições financeiras direcionem crédito ao setor industrial. As fabricantes de carros elétricos e painéis solares do país têm uma vantagem adicional com uma moeda desvalorizada, à medida que o yuan atinge o menor nível frente ao dólar americano em mais de 15 anos, tornando seus produtos mais baratos no exterior.
Segundo a Wood Mackenzie, a estimativa é que a China será responsável por mais de 80% da capacidade global de produção de polissilício, wafer, células e módulos fotovoltaicos nos próximos anos, mesmo diante dos esforços de outros países para promover suas indústrias locais.
Essa liderança fortalecida pela China no setor de painéis solares terá impacto significativo no mercado internacional. Segundo um relatório, a crescente fluência do país na cadeia de suprimentos global de energia solar pode resultar em um aumento de diferença em termos de tecnologia e custos. O país fez investimentos maiores que US$ 130 bilhões apenas em 2023 na indústria de painéis solares.
Europa e China podem se colidir no mercado de carros elétricos
A crise comercial entre a União Europeia e a China no setor de carros elétricos está ganhando contornos cada vez mais dramáticos. Enquanto engenheiros alemães anunciam avanços em tecnologias híbridas, fabricantes chinesas inunam o mercado global com carros elétricos mais baratos, acendendo um alerta em Bruxelas. O cenário coloca a diplomacia e os alicerces do comércio global em xeque, e não há sinal de trégua à vista.
As fabricantes da Alemanha, que são gigantes no setor automobilístico chinês, estão extremamente preocupadas com os movimentos recentes da União Europeia. Úrsula Von Der Leyen, presidente da Comissão Europeia, deu o primeiro passo em uma investigação que poderia acarretar consequências comerciais sérias. Esse contexto deixa a Alemanha, líder em vendas de carros na China, em uma situação delicada.