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China ofereceu R$ 9 TRILHÕES por cidade brasileira para transformá-la em metrópole futurista! Valor seria suficiente para pagar TODA a dívida atual do Brasil

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 29/11/2024 às 17:22
Cidade na Paraíba quase virou metrópole futurista com oferta bilionária da China, mas projeto foi cancelado após investigações.
Cidade na Paraíba quase virou metrópole futurista com oferta bilionária da China, mas projeto foi cancelado após investigações.

Com promessas de tecnologia de ponta, R$ 9 trilhões e um porto futurista, Mataraca, na Paraíba, quase se tornou o centro do mundo. Porém, investigações revelaram irregularidades que enterraram o projeto. Entenda a história que chocou o Brasil!

Na próxima semana, completa um ano de uma das propostas mais surreais da história recente do Brasil.

Em dezembro de 2023, um grupo de investidores chineses chocou o país ao oferecer impressionantes R$ 9 trilhões para transformar Mataraca, uma pequena cidade no litoral norte da Paraíba, em uma metrópole futurista.

O valor, equivalente a 1,5 vezes o PIB nacional, seria suficiente para quitar toda a dívida pública do Brasil que, assim como publicou o CPG nesta sexta-feira (29), atingiu a marca de exatamente R$ 9 trilhões.

Entretanto, o que parecia ser uma oportunidade de ouro para o desenvolvimento local logo se revelou um dos episódios mais intrigantes e controversos já vistos no país.

Mataraca: do anonimato ao centro das atenções

Com pouco mais de 8 mil habitantes, Mataraca é uma pacata cidade no litoral paraibano, conhecida por suas belezas naturais, como a Praia de Barra de Camaratuba, e suas reservas ambientais.

Até o final de 2023, era improvável que a cidade entrasse no radar de investidores internacionais, ainda mais com uma proposta tão absurda em escala.

No entanto, o grupo Brasil CRT, que se apresentou como intermediário de um consórcio chinês, escolheu Mataraca como a base de um megaprojeto que prometia transformar o município em um modelo global de inovação e tecnologia.

A visão futurista que impressionou o Brasil

O plano, anunciado em grande estilo, previa a construção de uma “cidade inteligente” que seria um marco no continente sul-americano.

Entre as promessas, destacavam-se:

Arranha-céus ecológicos de última geração, projetados para aproveitar energia solar e eólica.

Transporte público automatizado, totalmente movido a energia limpa.

A criação de um porto offshore ultramoderno, com capacidade para rivalizar com os maiores portos do mundo.

Centros de pesquisa de inteligência artificial e robótica, atraindo as maiores mentes do planeta.

Para os moradores e autoridades locais, a proposta soava como um sonho distante.

Mas com a cifra de R$ 9 trilhões sendo amplamente divulgada, a expectativa rapidamente cresceu.

A reação inicial eufórica

O prefeito de Mataraca, Egberto Madrugada, foi um dos primeiros a expressar entusiasmo com o projeto, afirmando em entrevistas que a cidade estava pronta para “dar um salto no futuro”.

Políticos locais e estaduais também comemoraram o anúncio, vendo na proposta uma oportunidade de colocar a Paraíba no centro das atenções globais.

No entanto, não demorou muito para que surgissem dúvidas sobre a viabilidade do projeto.

As primeiras rachaduras no sonho chinês

Pouco após o anúncio, investigações começaram a ser realizadas pelo Ministério Público da Paraíba, lideradas pela promotora Ellen Veras Ximenes.

Diversos aspectos do projeto começaram a levantar suspeitas:

A origem do dinheiro: não havia comprovação de que o grupo Brasil CRT ou os investidores chineses possuíam os R$ 9 trilhões necessários.

Documentação irregular: partes do plano urbanístico eram cópias de projetos utilizados em cidades da China e até mesmo da Europa.

Credibilidade da Brasil CRT: a empresa intermediária não possuía histórico reconhecido e sequer estava devidamente registrada no Brasil ou na China.

Falta de detalhes técnicos: não havia qualquer estudo de impacto ambiental ou econômico que sustentasse a grandiosidade do projeto.

    Projeto de 'cidade do futuro' em Mataraca — Foto: Reprodução
    Projeto de ‘cidade do futuro’ em Mataraca — Foto: Reprodução

    A implosão do projeto e a frustração em Mataraca

    Com o avanço das investigações, ficou claro que o megaprojeto era insustentável.

    O consulado da China no Brasil declarou que não havia nenhuma relação oficial do governo ou de empresas reconhecidas com o grupo Brasil CRT.

    Ao longo das semanas seguintes, o projeto foi oficialmente descartado, deixando a população de Mataraca frustrada e a prefeitura em silêncio.

    Por que Mataraca foi escolhida?

    A escolha de Mataraca levantou muitas questões.

    Especialistas sugerem que sua localização estratégica, próxima ao litoral e com áreas amplas para construção, pode ter sido um atrativo para os supostos investidores.

    Além disso, sendo um município pequeno e com baixa exposição midiática, a cidade poderia ter sido vista como um alvo fácil para promessas mirabolantes.

    O impacto nacional e as lições do caso

    O episódio do suposto investimento da China em Mataraca é um lembrete de que propostas grandiosas devem ser analisadas com rigor e transparência.

    Embora o Brasil necessite de investimentos estrangeiros para seu desenvolvimento, é essencial garantir que esses projetos tenham fundamentos sólidos.

    Casos similares no Brasil e no mundo

    Histórias de promessas de investimentos irreais como este da China não são exclusividade de Mataraca.

    Outros exemplos incluem projetos como a usina de Belo Monte, que enfrentou anos de polêmicas, e megainvestimentos em portos no Nordeste que nunca saíram do papel.

    Esses casos reforçam a importância de verificar a credibilidade dos proponentes e a viabilidade econômica de qualquer proposta.

    Entre o sonho e a realidade

    Embora Mataraca tenha sido palco de um dos episódios mais surreais da história recente do Brasil, a cidade continua com seu charme natural e sua resiliência.

    O sonho de se tornar uma metrópole futurista pode ter acabado, mas a lição deixada por essa história permanece viva. E você, acha que projetos desse tipo ainda podem acontecer no Brasil?

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    oliver
    oliver
    30/11/2024 09:48

    De novo essa fake news??? kkkkk aí não né, estão de brincadeira!

    Selma
    Selma
    30/11/2024 21:48

    Olha o golpe vem coisas ruim aí se
    pare a ninguém da nada de graça 😛

    Alisson Ficher

    Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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