A China instalou a sua maior turbina eólica flutuante, que foi desenvolvida para suportar condições climáticas extremas. O uso de turbinas offshore gigantes reduzirão o preço da energia eólica, permitindo que o vento desempenhe no mundo um papel maior na energia renovável
No domingo da última semana (29), a China instalou sua maior turbina eólica offshore como parte de um projeto para avanço de tecnologia. De acordo com a mídia, a construção gigante do setor de energia eólica foi desenvolvida exclusivamente para condições desafiadoras em alto-mar, podendo ser capaz de resistir a um tufão que acontece uma vez a cada 100 anos. Além disso, a China também já anunciou um plano para impulsionar este tipo de construção, voltado para um sistema de energia limpo e de baixo carbono.
O primeiro equipamento flutuante de produção de energia eólica da China, “Fuyao”, foi rebocado em Maoming, província de Guangdong, no sul da Chinano sul da China, no domingo (29)
Conhecida como Fuyao, a plataforma gigante da China foi levada de Maoming, no sul do país, para uma posição de mais de 11 quilômetros da costa, no Mar da China Meridional. Esta localidade para a instalação da turbina eólica offshore foi escolhida por conta das profundidades de água, que podem variar entre 52 m e 68 m, e também devido ao seu fundo marinho complexo.
Por ser a primeira turbina eólica offshore a ser instalada na China, foi utilizada uma configuração de plataforma estabilizada por uma coluna, que conta com uma base em forma de triângulo, contribuindo assim para sua flutuabilidade, tornando possível um amortecimento e massa adicional com suporte estrutural entre colunas para diminuir a quantidade de engenharia da turbina de energia eólica.
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É importante ressaltar também que o sistema da turbina eólica flutuante utiliza uma forma de amarração de catenária de três pontos. O cabo de ancoragem usa a forma de uma corrente de ancoragem, que a China afirma trazer uma maior vida útil e redução de custos.
China anuncia planos de impulsionar energia renovável após fim das obras da turbina eólica offshore gigante
O Conselho de Estado da China anunciou um plano para impulsionar o desenvolvimento de um sistema de energia limpo, seguro, de baixo carbono e altamente eficiente. O objetivo é fazer com que a capacidade total instalada de energia eólica e solar atinja 1,2 bilhão de quilowatts até o começo da próxima década.
De acordo com uma circular elaborada pela Administração Nacional de Energia e Comissão Nacional de Desenvolvimento, há um plano para incentivar o avanço de alta qualidade de novas energias. O plano de ação específica conta com um total de 21 políticas para que a capacidade combinada de energia eólica e solar do país suba.
A China acelerou seu impulso em fontes limpas nos últimos anos, gerando um boom de desenvolvimento na área de novas energias, com uma capacidade instalada bem superior em relação a outros países.
Energia eólica avança no Brasil
No início deste mês, a Siemens Gamesa começou a instalação de uma nova construção de geradores mais potentes para a energia eólica onshore na Bahia, dando um passo essencial para expandir sua competitividade e se posicionar para o avanço do mercado eólico offshore do país.
Desse modo, o Brasil será o primeiro do mundo a operar as turbinas da Siemens Gamesa, que contam com 6,2 MW de potência e rotor de 170 metros, sendo as maiores disponíveis no mercado de energia eólica em terra.
As primeiras turbinas, que estão sendo fabricadas na Bahia, estão sendo instaladas no parque eólico Tucano, da AES Brasil. A empresa, que até alguns anos atrás produzia aerogeradores de 3,5 MW, tem encontrado um grande interesse do mercado no novo modelo e já possui vários fornecedores, principalmente com a Essentia, da gestora Pátria, e a Engie Brasil.