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Siemens Gamesa inicia na Bahia a instalação de turbinas eólicas com 170 metros de altura, uma das tecnologias mais potentes do mundo para gerar energia eólica em terra

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 12/05/2022 às 11:07
Siemens Gamesa - Siemens - energia eólica - turbinas eólicas - Bahia
Turbina eólica Siemens Gamesa – imagem: noctula.pt

A Siemens Gamesa iniciou a instalação de uma nova geração de turbinas de energia eólica na Bahia, as turbinas podem produzir até 6,2 MW e contam com uma altura de 170 metros.

A Siemens Gamesa deu início nesta terça-feira (10) a instalação de uma nova geração de máquinas mais potentes  para a energia eólica onshore na Bahia, dando um passo essencial para expandir sua competitividade em um mercado-chave para a fabricante e se posicionar para a o avanço do mercado eólico offshore do país. O Brasil será o primeiro do mundo a operar as turbinas de energia eólica da Siemens Gamesa, que contam com 6,2 MW de potência nominal e rotor de 170 metros, as maiores disponíveis no mercado de energia dos eólica onshore.

Modelo de turbina atrai novos investimentos no setor

As primeiras máquinas, que estão sendo produzidas na Bahia, estão sendo instaladas no parque de energia eólica Tucano, da AES Brasil. A Siemens Gamesa, que até poucos anos atrás produzia aerogeradores de 3,5 MW, tem visto que o mercado possui um grande interesse no novo modelo e já conta com contratos de fornecimento assinados com a Essentia, da gestora Pátria e a Engie Brasil.

De acordo com o diretor-geral da Siemens Gamesa no Brasil, Felipe Ferrés, a nova turbina está se transformando em uma máquina-chave para o mundo inteiro. Os primeiros pedidos vieram ou para os países nórdicos ou para o Brasil. Atualmente, já há diversos contratos além dessas regiões. O executivo ainda afirma que o modelo tem chamado a atenção de grandes investidores de energia eólica, tendo em vista que otimiza os parques para torná-los mais potentes com menor número de máquinas e no futuro, poderia ser aplicado em empreendimentos offshore pequenos.

O diretor afirma que a Siemens Gamesa possui uma grande vantagem nesse sentido, tendo em vista que já foi para uma máquina tão grande em terra, mas pensando que pode ser aplicada também em offshore. O executivo afirma que, entretanto, os parques offshore geralmente são muito maiores do que os onshore, de forma que o volume de encomendas deveria crescer de forma proporcional para que uma produção local fosse viável.

Hidrogênio verde poderá contribuir com energia eólica

Ferrés ainda afirma que não há dúvidas de que o mercado de energia eólica na Bahia e no Brasil se desenvolverão muito, mas entende que a velocidade desse processo está ligado diretamente ao desenvolvimento do hidrogênio verde.

Pensando apenas na expansão eólica para suprir o mercado de energia, a empresa está em um “plateau” de 4 GW instalados anualmente para toda indústria, mas quando o hidrogênio verde entrar em produção, a escala se multiplica e será preciso ir para o offshore, que está se realizando no Brasil, onde a Siemens Gamesa está presente.

O hidrogênio verde é produzido por meio de um eletrolisador que consome energia renovável, podendo ser gerada pelos geradores eólicos, por exemplo. O combustível tem capacidade de contribuir contra as mudanças climáticas e além de poder ser utilizado em veículos futuramente, também há aplicações nas indústrias alimentícias e outras.

Siemens gamesa sofre com desarranjo de cadeias produtivas

A empresa está com sua fábrica de turbinas em Camaçari, na Bahia, cheia até o fim do próximo ano ou 2024 e não vê muitas dificuldades para suprir a demanda de seus clientes.

O que é feito hoje em um turno, poderia potencialmente ser feito em três turnos, ou seja, triplicar a capacidade da fábrica sem aumento de espaço físico ou mão de obra, apenas com ajustes e capacitação.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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