Evento militar impressiona com arsenal inédito e reforça postura geopolítica da China
A China realizou, em 2 de setembro de 2025, um desfile militar de larga escala na Praça da Paz Celestial, em Pequim. O evento marcou os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial.
O evento, conduzido pessoalmente pelo presidente Xi Jinping, contou com mais de 10 mil soldados, cerca de 100 aeronaves e centenas de veículos terrestres. A cerimônia serviu como um marco estratégico da projeção de poder do país.
Além de celebrar uma data histórica, a cerimônia exibiu ao mundo o novo arsenal militar chinês, com destaque para drones furtivos, armas hipersônicas, mísseis estratégicos e sistemas de guerra eletrônica.
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Também foram apresentados sistemas de defesa antimísseis. Segundo autoridades chinesas, todos os equipamentos expostos são de fabricação nacional e já estão operacionais no Exército de Libertação Popular (ELP).
Arsenal inédito exibe poder tecnológico e reformas militares de Xi Jinping
Em 2015, durante o 70º aniversário da rendição japonesa, Xi Jinping realizou seu primeiro grande desfile como líder supremo. Desde então, ele transformou as Forças Armadas.
Uma década depois, Xi Jinping demonstra avanços concretos nas estruturas militares. O presidente implementou reformas estruturais profundas que reconfiguraram a cadeia de comando e elevaram a prontidão bélica do país.
Além disso, o arsenal exibido em 2025 traz inovações jamais vistas em público. O país investe em desenvolver tecnologia bélica de ponta, fortalecendo sua capacidade de dissuasão.
A presença de armas hipersônicas e drones de última geração confirma esse avanço. Xi Jinping mantém a meta de tornar a China capaz de “lutar e vencer guerras”.
Essa meta tem sido expressada repetidamente desde 2020, em pronunciamentos oficiais. A estratégia de Xi gira em torno de eficiência, independência e modernização.
Discurso de xi mira reforço nacional e sinal geopolítico aos rivais
Durante o evento, Xi Jinping discursou do topo do Portão da Paz Celestial, em uma fala transmitida nacionalmente. Ele exaltou a trajetória histórica do país.
Em seu discurso, defendeu a soberania chinesa e apontou para um futuro em que a China lidera com inovação, autossuficiência e capacidade militar avançada.
Logo após o pronunciamento, inspecionou pessoalmente as tropas, reforçando sua figura de liderança direta no comando militar e simbolizando disciplina e controle.
O contexto internacional é de instabilidade geopolítica crescente. Os Estados Unidos, sob Donald Trump, têm se afastado de alianças estratégicas e parcerias tradicionais.
A China aproveita esse cenário para reforçar sua imagem global. O país também reage às tensões com Taiwan e disputas no Mar do Sul da China.
Com isso, o desfile militar torna-se uma vitrine clara da força dissuasiva e da autoconfiança estratégica do país. A mensagem é firme e calculada.
Aliança com rússia e coreia do norte reforça bloco estratégico oriental
Entre os líderes presentes, dois nomes chamaram atenção: Vladimir Putin, da Rússia, e Kim Jong-un, da Coreia do Norte. Além disso, ambos estavam ao lado de Xi Jinping.
Consequentemente, essa composição fortalece uma aliança que, embora informal, vem ganhando força desde 2022. Além disso, Putin depende cada vez mais de Pequim após o forte isolamento internacional.
Esse isolamento ocorreu, sobretudo, depois da invasão russa à Ucrânia. Enquanto isso, Kim Jong-un demonstrou apoio direto à guerra, inclusive enviando tropas para colaborar com Moscou.
De acordo com fontes ocidentais, milhares de soldados norte-coreanos já foram enviados para lutar na Ucrânia. Portanto, a presença dos dois líderes é simbólica e estratégica.
Com isso, a participação deles reforça uma mensagem clara ao Ocidente: há um novo eixo de poder em ascensão, e a China ocupa o centro dessa reconfiguração geopolítica.
Tecnologia de guerra eleva status chinês e consolida liderança global
Ao revelar equipamentos ultramodernos, a China demonstrou, de forma clara, que alcançou uma nova fronteira em desenvolvimento militar e inovação estratégica global.
Como resultado, o país aposta fortemente em autossuficiência tecnológica, enquanto promove produção nacional robusta e logística altamente avançada, o que reforça seu protagonismo internacional.
Além disso, a estratégia liderada por Xi Jinping combina modernização militar intensa, nacionalismo assertivo e diplomacia simbólica, o que fortalece sua influência sobre aliados e rivais.
Dessa forma, a China projeta poder com firmeza, e ainda envia recados estratégicos ao mundo, com base em ações concretas e discurso cuidadosamente alinhado.
Por fim, a exibição militar prova que o país não apenas reverencia o passado, mas também avança com precisão, força e independência estratégica rumo ao futuro.