Por conta da previsão de um aumento pouco significativo para a China (apenas 2,8% em 2022), especulações sobre possível quebra de trocas comerciais entre o país asiático e o Brasil crescem, considerando que o crescimento do PIB brasileiro pode ultrapassar o dos chineses
De acordo com A Gazeta, a época dourada de trocas comerciais entre o Brasil e a China pode estar ameaçada por conta dos números do PIB do país asiático. A previsão do Banco Mundial é de que a China tenha um crescimento de apenas 2,8% neste ano de 2022, contra média de 7% entre 2016 e 2020 e acima de 10% entre os anos 90 e o início dos anos 2000.
A estimativa é de que, até o ano de 2049, o crescimento do PIB da China deverá ficar entre 2,7% e 4,2% ao ano. Além disso, pela primeira vez desde 1980, o PIB brasileiro pode crescer mais do que o chinês.
Pela primeira vez, o plano quinquenal de desenvolvimento da China, referente ao período entre 2021 e 2025, não fala em percentual de crescimento do PIB. “A China que crescia a taxas de dois dígitos não existe mais”.
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PARCERIAS BRASIL E CHINA
Por que o PIB da China cresceu tão pouco?
A China possui um problema demográfico instalado, devido à população predominantemente masculina e à taxa de natalidade extremamente baixa. Além disso, a economia chinesa possui uma alta dependência do governo para crescer, considerando que a taxa de investimento do governo chinês era em média 40% do PIB, sendo que a média de qualquer governo no mundo é de 15%, quando não alcança os 20%.
Desde o ano de 2009, quando ultrapassou a posição de 100 anos dos Estados Unidos, que era considerado o maior parceiro comercial do Brasil, a China alcançou atualmente sessenta vezes mais do que em 2001, quando entrou para a Organização Mundial do Comércio (OMC).
De menos de US$ 1,08 bilhão por ano, a conta de pagamento dos chineses chegou em 2021 a US$ 60,1 bilhões, o que representa mais de 30% de tudo o que é exportado pelo Brasil. No âmbito do agronegócio, a participação é ainda maior. Sozinha, a China é destino de quase 40% das exportações brasileiras do setor e, em contrapartida, de tudo o que eles compram de alimentos, 20% vêm do Brasil, seu maior fornecedor.
O casamento perfeito
De acordo com Marcos Jank, professor de Agronegócio Global do Insper, que passou 4 anos na Ásia: “É como se o Brasil e a China fossem um casamento obrigatório, sem muito direito de escolha. Um casamento que se deu pela história, pelo fato de o Brasil ter feito uma revolução agrícola nos anos 70 e, na mesma época, a China fez uma revolução manufatureira. E foi também um casamento pela geografia, porque eles não têm recurso natural, então precisam comprar certos produtos”.
Além de compras, a China também faz grandes investimentos no Brasil. De acordo com a Global Investment Tracker, estima-se que o Brasil, com US$ 46,4 bilhões, foi o país que mais recebeu investimentos da China em todo o mundo só em 2021, sendo 13,6% do total.
Em contrapartida, os investimentos da China nos Estados Unidos caíram 27% e, na Austrália, 70%. De tudo o que os chineses investiram na América do Sul, 48% ficaram no Brasil, seguido pelo Peru (19%), Chile (12%) e Argentina (8%).