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China domina 90% do mercado de energia solar do Brasil; WEG, gigante brasileira, tem somente 1% de participação

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 31/07/2024 às 20:17
China domina o mercado de energia solar do Brasil. (Imagem: reprodução)
China domina o mercado de energia solar do Brasil. (Imagem: reprodução)

Quando se fala em energia solar no Brasil, é inevitável pensar no domínio avassalador de um grupo específico. Mas quem poderia imaginar que essa hegemonia seria quase exclusivamente da China?

O mercado de energia solar no Brasil é atualmente dominado por empresas chinesas, que controlam impressionantes 90% das vendas de placas solares no país, conforme relatório recente da Solfácil, um ecossistema de serviços do setor.

Essa informação contrasta fortemente com a situação da WEG, uma das maiores fabricantes brasileiras, que detém apenas 1% de participação nesse mercado em crescimento acelerado.

Segundo os dados divulgados, a empresa chinesa Deye lidera com 22% do volume de vendas, seguida pela Goodwe, que possui 18% do mercado e é especializada em grandes projetos.

Essas empresas têm se beneficiado do aumento na demanda por energia sustentável no Brasil, alavancada pelos contínuos incentivos fiscais e pela queda dos custos de produção.

O Brasil é visto como uma das principais potências mundiais na implementação de projetos de energia solar, destaca Fabio Carrara, CEO e fundador da Solfácil, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. Ele ressalta que “com a contínua diminuição dos custos, mais pessoas devem investir nessa fonte sustentável de energia”.

De fato, o preço do watt-pico (Wp) caiu 9% no primeiro semestre de 2024, atingindo uma média de R$ 2,66. Este decréscimo está fortemente ligado ao barateamento do polissilício, um material fundamental na fabricação de placas solares.

A pesquisa citada também revela variações regionais nos preços, com Rondônia e Roraima apresentando os valores mais baixos, R$ 2,30 e R$ 2,34 por Wp, respectivamente. O caso de Roraima é particularmente notável, já que registrou uma queda de 15% nos preços entre o primeiro e o segundo semestre. Em contraste, Minas Gerais foi o único estado a registrar um aumento de 2% no preço do Wp, fechando o semestre com valores acima de R$ 3,00.

Como competir com a China

Esses dados levantam uma questão intrigante: como uma empresa brasileira pode competir em um mercado tão dominado por estrangeiros? A WEG, com apenas 1% de participação, enfrenta desafios significativos para expandir sua presença.

A competição é acirrada, e as empresas chinesas estão estabelecendo uma vantagem difícil de superar devido à sua capacidade de oferecer preços mais competitivos e tecnologias avançadas.

No entanto, existe um caminho para a WEG e outras empresas brasileiras. Investir em inovação tecnológica, ampliar parcerias e buscar nichos de mercado ainda pouco explorados são estratégias que podem ajudar a reverter esse cenário de dependência estrangeira.

Além disso, a crescente conscientização sobre a importância da sustentabilidade pode servir como um impulsionador para a adoção de energias renováveis por parte de consumidores e empresas brasileiras.

A pergunta que fica é: será que o Brasil conseguirá reverter essa tendência de domínio estrangeiro e se afirmar como líder na produção de energia solar? A resposta depende de uma série de fatores, incluindo políticas governamentais, avanços tecnológicos e mudanças no comportamento do consumidor.

O que você pensa sobre essa “invasão” chinesa no Brasil? Bom ou ruim para o nosso país? Deixe seu comentário!

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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