Quase 4 em cada 10 reajustes salariais obtidos pelos trabalhadores nas negociações coletivas do ano de 2022 ficaram abaixo de toda a inflação. Esses dados são do Salariômetro da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
40,65 de reajustes negociados em meados de 2022 ficaram abaixo da inflação medida pelo INPC, que fechou o ano anterior com 5,93%. Apenas 25,4% dos acordos foram maiores do que o INPC, sendo os outros 34,2% iguais à inflação.
Vendo em proporções, o pior mês do ano de 2022 foi abril, com cerca de 54,1% dos reajustes abaixo das inflações. O valor médio do piso salarial subiu para mais de R$ 1,352 no ano de 2021 para R$ 1.481 no ano de 2022.
Melhora na comparação de reajustes salariais em 2021
Mesmo com ainda a baixa da fatia, a proporção de reajuste abaixo dessa inflação caiu frente ao ano de 2021, quando responderam por quase metade (sendo cerca de 49,7%) das negociações. De acordo com a Fipe, toda essa queda acelerou nos últimos meses do ano. Sedo em dezembro, 74,6% dos reajustes que ficaram acima do INPC.
-
Cidade brasileira vai cobrar diária para turistas, com taxa de até R$ 143 por veículo e isenção só para quem ficar menos de 2 horas
-
UnionPay, o cartão da China, está no Brasil e agora pode ser usado em caixas Banco24Horas: concorrente da Visa e Mastercard mira turistas e já negocia com bancos brasileiros
-
Economista prevê revolução: stablecoins já valem mais de US$ 190 bilhões e podem ser adotadas por todos os grandes bancos do mundo
-
PEC da reforma administrativa promete acabar com supersalários acima de R$ 46 mil, proíbe férias de 60 dias e muda regras de concursos públicos
Dentre todas as negociações feitas no ano de 2022, foram predominantes aquelas envolvendo pisos salariais (78,9%), os reajustes (72,3%) e adicional de hora extra (50,1%).
Perspectivas para o ano de 2023
Toda a expectativa é de que, com essa inflação mais controlada, “reajustes reais positivos devem continuar”, segundo a Fipe.
Esse aumento real dos salários é extremamente importante porque garante o que o poder de compra da população. Mesmo ao longo do tempo, com alguns reajustes menores da inflação, o trabalhador perde ainda a possibilidade de comprar as mesmas coisas que consumiam no ano anterior, só piorando ainda as condições de vida.
Os dados prévios de janeiro já indicaram uma pequena melhora frente a dezembro. Neste ultimo mês, 82,4% desses reajustes ficaram acima da inflação. Sendo os outros 11,8% estavam abaixo do INPC e mais de 5,9% iguais à inflação.
Apesar disso, o Salariômetro informa ainda que as projeções de banco vão apontando para uma desaceleração do INPC ao longo desse ano de 2023, saindo de 5,9% para um acumulo de 12 meses até janeiro para que tenha uma taxa de até 5,6% em dezembro.
Reajustes salariais não conseguem acompanhar a inflação
Comentários fechados para esse artigo.
Mensagem exibida apenas para administradores.