A moeda nacional está se mostrando forte, desafiando preocupações crescentes sobre a desaceleração econômica e divergências entre o governo e o Banco Central.
Segundo uma pesquisa realizada pela Reuters, com 19 especialistas em câmbio, essa moeda nacional ronda os 5,20 por dólar nos últimos meses. No entanto, as expectativas são de que haja uma valorização do Real no período de um ano à frente para 5,10 por dólar.
Essa estimativa veio após um período fraco no segundo trimestre de 2022, superando assim preocupações sobre a volatilidade no mercado ao longo do período eleitoral. Apesar dos temores quanto à estabilidade da moeda nacional, ela vem resistindo e se mantendo forte diante de todos os desafios que surgem impõem. O dólar chegou a custar R$5,19 na quarta-feira (1º), tendo assim conseguido manter sua valorização.
O Brasil enfrenta uma fase instável economicamente, de acordo com avisos de analistas após um salto da atividade devido aos gastos inflacionários. Edward Moya, analista sênior do mercado da Oanda, afirmou que “as preocupações sobre o crescimento não desaparecerão tão cedo” e há grandes riscos de um aperto monetário adicional por parte do Federal Reserve.
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O quarto trimestre de 2022 registrou queda na economia brasileira, resultado da inflação e das taxas de juros elevadas. Ainda assim, as autoridades econômicas estão divididas quanto à estratégia que o país seguirá: enquanto o Banco Central mantém a postura restritiva, o Lula e ministros de seu governo se opõem.
O peso mexicano segue em terreno sólido após atingir o nível mais alto em cinco anos nesta semana. Apesar de perder 6,5% em relação a quarta-feira, o peso deve ser negociado em 19,40 por dólar no próximo ano, mantendo-se próximo do nível saudável de 20,00 por dólar. A notícia foi recebida com alegria pelos mexicanos, que viram o peso cruzar como um raio de esperança a marca dos 18,00 por dólar.
A economia brasileira cresceu 2,9% em 2022, mas recua 0,2% no 4º trimestre.
O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil encerrou o ano de 2022 com uma alta acumulada de 2,9%, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Apesar do resultado levemente inferior às estimativas do mercado, o PIB ficou negativo no último trimestre do ano, com queda de 0,2%.
Apesar da aceleração nos primeiros três trimestres de 2022, o desempenho mais fraco no último trimestre é atribuído à elevação dos juros. De acordo com a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, “já era esperado que a economia, com essas taxas de juros elevadas, fosse para a desaceleração”.
A economia brasileira registrou um crescimento acumulado de 5% em 2021 e 3,3% em 2020. A média anual durante o governo Bolsonaro foi de 1,45%, enquanto nas gestões FHC (1995-2002), Lula (2003-2010) e Dilma-Temer (2011-2018), foram registrados 2,44%, 4,09% e 0,71%, respectivamente.
O PIB totalizou R$ 9,9 trilhões em 2022 e o PIB per capita alcançou R$ 46.154. As medidas de estímulo à atividade econômica adotadas pelo governo Bolsonaro – tais como ampliação do Auxílio Brasil e cortes tributários sobre combustíveis – contribuíram para o crescimento da economia. No entanto, as expectativas para 2023 são de desempenho mais fraco devido à persistência dos juros altos.