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Cemitério de viaturas com apenas 3 anos de uso: 4.000 veículos abandonados até agora

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 21/04/2025 às 12:12
O cemitério de viaturas de Tolosa expõe falhas na gestão da Bonaerense: de compras superfaturadas à falta de manutenção. Enquanto pilhas de ferro enferrujam, o governo segue gastando milhões em novos carros – sem resolver o ciclo de desperdício.
Foto Maurício Nievas
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Cemitério de viaturas em La Plata acumula veículos da polícia com apenas três anos de uso, enquanto denúncias de superfaturamento e má gestão ganham destaque.

Mais de 4.000 viaturas da Polícia Bonaerense estão amontoados em um cemitério de viaturas de Tolosa, La Plata. Comprados por valores questionáveis e com vida útil média de três anos, os veículos viram sucata após colisões, falhas mecânicas ou burocracia. Denúncias apontam gastos acima do mercado e falta de manutenção.

Cemitério de viaturas

Localizado a 15 minutos do centro de La Plata, o cemitério de viaturas ocupa 10 hectares ao lado das vias do Ferrocarril Roca. Pilhas de até 25 metros de altura reúnem carros, picapes e utilitários plotados com o logo da Bonaerense. Segundo o jornalista Fabián Debesa, do Clarín, os veículos chegam ao local após serem declarados inutilizáveis.

Vida útil de 3 anos

Mais de 4.000 viaturas da Polícia Bonaerense estão amontoados em um depósito de Tolosa, La Plata. Comprados por valores questionáveis e com vida útil média de três anos, os veículos viram sucata após colisões, falhas mecânicas ou burocracia. Denúncias apontam gastos acima do mercado e falta de manutenção.
 Foto Maurício Nievas

As viaturas têm vida útil média de 36 meses. No Conurbano, duram apenas 12. Cada veículo roda entre 10 mil e 14 mil km por mês – equivalente ao uso anual de um carro comum. “O desgaste é inevitável”, explicou um funcionário do Ministério de Segurança à reportagem. Falta de peças e demora nos reparos agravam o problema: em 2024, uma seção de Florencio Varela esperou três meses por baterias.

Carros comprados a mais do dobro do preço

Entre 2019 e 2023, a gestão Kicillof comprou 5.030 veículos. Em 2023, 12 Fiat Cronos foram adquiridos por US$ 56,4 milhões cada – mais que o dobro do valor de mercado, segundo denúncia do deputado Luciano Bugallo (CC). O caso está sob investigação, mas avança lentamente.

As viaturas não passam por Verificação Técnica Veicular (VTV) nem têm autopeças gravadas, medida antirroubo obrigatória na província. “90% não passariam na inspeção”, disse um ex-funcionário. A burocracia também atrasa a baixa definitiva: 2.200 veículos estão parados à espera de processos judiciais ou vistoria.

Fonte: Fabián Debesa, Clarín (https://www.clarin.com/).

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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