Após fechar um novo acordo comercial, o Ceará pode impulsionar a economia brasileira com a exportação de produtos. Além disso, o estado busca novos produtos para serem vendidos aos países árabes
O Ceará encontrou uma nova oportunidade para recuperar o volume da balança comercial entre o Estado e os países árabes com a assinatura de um acordo comercial entre a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). A assinatura também poderá impulsionar a economia do país.
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2021 pode ser o ano com menor volume de exportações para os países árabes
O valor das vendas locais para os países árabes vem ficando cada vez menor durante os últimos anos. Segundo Ana Karina Frota, gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), 2021 pode ser o ano com o menor número de exportações para os países árabes desde 2015. Karina explica que em 2016, as exportações do Ceará para os países somaram US$ 20 milhões.
Os Emirados Árabes eram o principal destino e o principal produto era o melão. Calçados e castanha de caju também foram bastante vendidos na época. Já em 2021, os envios do Ceará para os países árabes somam apenas US$ 4 milhões.
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É claro que deve-se levar em consideração o cenário pós pandêmico, mas houve um declínio nas exportações para o Oriente Médio bem antes. Além disso, os países árabes possuem uma relevância para as relações comerciais, inclusive quando se trata do Brasil.
Acordo comercial poderá impulsionar a economia brasileira
A explicação para essa queda nas exportações do Ceará, de acordo com a gerente do CIN da Fiec, pode estar ligado ao envio desses mesmos produtos para mercados com maior facilidade logística. Sendo assim, houve uma transferência de mercado.
Segundo Karina, a queda é perceptível, mas se for analisado por outro lado, os EUA teve um crescimento enorme nos últimos anos nas exportações de calçados, melões e castanha de caju. É um mercado parecido em o Brasil possui mais intercessões comerciais.
A gerente ainda avalia que é essencial que o Ceará tenha um acordo comercial fortalecido com os países árabes, pois se trata de uma economia muito relevante em todo o mundo. É um mercado com potencial, respeitando a cultura e a religião. Além disso, o estado possui produtos competitivos.
Produtos de moda, cosméticos e higiene pessoal poderão ser exportados
Além dos produtos citados anteriormente, Lucas Fiuza, diretor de negócios da Apex Brasil, explica que a agência encontrou um bom potencial para cosméticos, moda e higiene pessoal nos Emirados Árabes.
Fiuza afirma que o estado está realizando trabalho de identificação de novos mercados e de outros produtos que possam ser acrescentados à região. É possível observar que o Brasil já possui uma relação forte com os países árabes em questão da indústria alimentícia, sendo assim o diretor afirma que serão analisados quais indústrias do Ceará poderiam entrar nesse roll de exportadores.
O acordo comercial entre a CCAB e a Apex-Brasil foi assinado neste mês e prevê ações de curso de qualificação de empresas brasileiras para adequação às exigências dos países islâmicos, networking na Expo Dubai e capacitação de startups brasileiras de áreas como segurança logística, games, sustentabilidade e alimentar que desejam se internacionalizar.