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Carros híbridos tem até 20 vezes mais chances de pegar fogo do que carros elétricos, aponta estudo

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 24/01/2022 às 12:16
Carros híbridos - carros elétricos - pegar fogo
Carro ficou destruído após explodir enquanto carregava (Foto: Reprodução/Youtube) — Foto: Auto Esporte

Com alto índice de intercorrências relacionadas a incêndios e explosões, carros híbridos são solicitados à realização de recall com frequência    

Já faz um certo algum tempo que vem sendo noticiado que modelos híbridos tem mais intercorrências de incêndios e explosões do que os carros elétricos. De fato, os modelos elétricos não tem tanta tendência a pegar fogo – mas existe a possibilidade, como qualquer outro veículo – como os carros híbridos ou somente movidos às combustão. De acordo com os dados do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos, os modelos de veículos híbridos são campeões de incêndio e explosões.

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Número de incidentes registrados com carros híbridos

Os carros elétricos vem sendo considerados muito mais seguros do que os aviões e carros movidos à combustão. Mesmo sendo 100% elétricos, estudos e testes mostraram que eles tem menor tendência a pegar fogo, com cerca de 25,1 incêndios registrados a cada 100.000 unidades vendidas e entregues.

Por outro lado, são 3.474 incêndios registrados em modelos híbridos e 1.529 incêndios registrados em carros movidos à combustão, comparados também por 100.000 veículos vendidos. Ao realizar a análise e verificar o alto número de carros que pegaram fogo, ou apenas apresentaram risco de incêndio e foram recolhidos em 2020, pesquisas apontaram que os carros movidos à combustão estavam no topo da tabela.

Se tratando de recalls de carros elétricos, somente os modelos Hyundai Kona e Chevrolet Bolt EV foram recolhidos. O primeiro teve 82.000 unidades convocadas a fazer o recall por suspeita de baterias defeituosas que poderiam causar curto ou incêndio, enquanto o segundo teve 70.000 unidades recolhidas.  

Incêndios em carros elétricos e híbridos são mais difíceis de serem controlados

Quando foi realizado o recall no modelo híbrido minivan Chrysler Pacifica, com 27.600 unidades recolhidas, e o recall do grupo BMW, onde cerca de sete modelos diferentes foram identificados com possíveis problemas, mas só 4.500 veículos foram recolhidos, descobriram que a bateria estava propícia a causar grande incêndio nos modelos híbridos, no ano de 2020, assim como nos 100% elétricos recuperados.

Porém, de acordo com testes feitos, tanto carros elétricos como híbridos possuem algo em comum: a dificuldade de ter o incêndio controlado, principalmente devido a suas baterias, pois a grande maioria é feita de íons de lítio.

Algo que torna os incêndios na bateria ainda mais perigosos é a facilidade de, mesmo que o fogo já tenha sido controlado, reacender as chamas de forma ainda mais brusca, dificultando ainda mais o processo de contenção do fogo, de acordo com equipes de bombeiros e outros serviços de emergência. A partir de relatos como estes, esses tipos de equipes agora estão recebendo um rígido treinamento especial para lidar com incêndios nesses tipos de veículos.

Baterias de íons de lítio são principais responsáveis por incêndios em veículos elétricos e híbridos

Segundo Axel Hernborg, CEO da Tripplo Logistics, empresa de softwares situada em Joanesburgo, África do Sul, os carros elétricos podem até pegar fogo com menor frequência do que os carros a combustão, porém a duração e intensidade das chamas acabam tornando muito mais difícil de controlar o fogo, devido ao uso de baterias fabricadas com íons de lítio.

Axel ressalta ainda que, mesmo que o carro esteja desligado por 24 horas, as baterias ainda assim podem gerar calor suficiente para um curto que pode levar a um incêndio ou até mesmo explosão do veículo.  

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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