Carne azul neon encontrada em porcos selvagens acende alerta sobre contaminação e riscos à saúde
Dan Burton, proprietário da Urban Trapping Wildlife Control, já capturou centenas de porcos selvagens em Salinas, Califórnia. No entanto, até ele ficou surpreso ao abrir um animal e encontrar carne azul-viva. “Não estou falando de um azulzinho. É azul neon, azul mirtilo”, relatou.
Ao perceber o problema, Burton notificou imediatamente o Departamento de Pesca e Vida Selvagem da Califórnia e as autoridades do Condado de Monterey.
A descoberta levantou um alerta sobre possível contaminação da vida selvagem local, especialmente porque a tonalidade incomum pode indicar ingestão de veneno.
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Ligação com veneno usado na agricultura
Segundo comunicado oficial, os porcos teriam sido expostos ao rodenticida anticoagulante difacinona, muito utilizado para controlar ratos, camundongos e esquilos.
O mais importante é que essa substância não afeta apenas as pragas-alvo.
Animais maiores e até humanos podem sofrer “exposição secundária” ao consumir carne contaminada.
Ryan Bourbor, coordenador de investigações de pesticidas do departamento, reforçou que caçadores devem evitar a carne de qualquer animal com gordura ou tecido azulados. Além disso, é essencial reportar a ocorrência às autoridades.
Efeitos e riscos à saúde
Estudos mostram que a difacinona pode permanecer por longo período nos órgãos e tecidos dos animais.
Embora seja necessária mais de uma ingestão para atingir dose tóxica, o risco existe. Os sintomas incluem letargia e outros sinais de envenenamento.
Outro ponto importante é que cozinhar a carne não elimina o veneno. Um estudo de 2011 constatou que a concentração da substância praticamente não muda após o preparo.
Por isso, recomenda-se evitar totalmente o consumo de carne proveniente de áreas com programas ativos de controle de roedores.
Primeiros casos identificados
O departamento tomou conhecimento do problema em março, quando um caçador relatou porcos selvagens com músculos e gordura azul no Condado de Monterey. Testes confirmaram a presença de difacinona no estômago e fígado dos animais.
Os raticidas geralmente são tingidos para facilitar a identificação como veneno, e essa coloração pode chegar aos tecidos da presa. No entanto, especialistas alertam que a ausência de cor não significa ausência de contaminação.
Origem da contaminação
Burton explicou que a descoberta ocorreu quando sua empresa foi contratada por uma agrícola para capturar porcos que invadiam os campos. Normalmente, as carcaças seriam doadas a famílias de baixa renda, mas, desta vez, a carne apresentava coloração anormal.
Ao investigar, Burton percebeu que os porcos tentavam acessar estações de iscas para esquilos. Essas armadilhas estavam sendo usadas para reduzir a população de roedores na lavoura. Os animais derrubavam e quebravam as caixas para chegar ao veneno.
Mesmo após o consumo, os porcos continuavam ativos, já que as iscas eram preparadas para matar animais menores.
Pesando entre 45 e 90 quilos, eles apresentavam aparência saudável, apesar da contaminação interna.
Veneno de ação lenta
A difacinona não age rapidamente. Em animais pequenos, pode levar dias para causar a morte. Nos porcos, os testes indicaram que houve exposição prolongada, o que explica o acúmulo nos tecidos.
Preocupada, a empresa agrícola retirou as armadilhas, temendo atrair ainda mais grupos de porcos para os campos. Burton destacou que mais de um animal já foi encontrado na mesma situação.
Legislação e restrições
Desde 2024, o uso da difacinona é proibido na maior parte da Califórnia, salvo por técnicos certificados, órgãos governamentais ou em áreas agrícolas específicas. A medida visa reduzir os impactos na fauna.
Mesmo assim, um estudo de 2018 revelou que 8,3% dos porcos selvagens testados no estado já apresentavam resíduos de rodenticida. Esse dado reforça a preocupação das autoridades com a exposição indireta.
Impacto e alerta contínuo
O caso expôs um risco invisível para quem caça e consome carne de animais silvestres. Embora o uso de venenos seja uma prática comum no controle de pragas agrícolas, os efeitos colaterais podem atingir toda a cadeia alimentar.
A carne azul de porcos selvagens encontrada no Condado de Monterey é um sinal claro desse impacto. Para Burton, que está acostumado a lidar com animais silvestres, a situação é um lembrete de que as consequências do uso de rodenticidas podem ser muito mais amplas do que se imagina.
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