Liderroll é uma das empresas com grandes chances de ser escolhida pela Embridge para iniciar as obras de um novo oleoduto em Michigan
O governo do Michigan, nos EUA, ainda está em discussão com a operadora do Canadá , Enbridge, sobre o projeto do novo oleoduto da Linha 5, que atualmente ainda está submerso no leito do Lago de Michigan. Essa ainda é uma preocupação até que o projeto seja definido pela empresa dona da linha. Nesta semana, foi realizada uma nova rodada de debates envolvendo a comunidade local, o governo de Michigan e a companhia do Canadá responsável pelo oleoduto. A grande surpresa do encontro foi a participação de Paulo Fernandes, presidente da brasileira Liderroll.
Brasileira Liderroll poderá ser a escolhida para obras no Michigan
Fernandes viajou até Michigan e participou da audiência pública, manteve encontros e reuniões estratégicas com Ryan Mitchell, Gerente de Inovações do governo de Michigan, e ainda com Peter Holran, um representante da Enbridge e responsável da empresa para relações com as autoridades do governo.
É importante lembrar que, há alguns anos, a âncora de um navio bateu no oleoduto, gerando um desastre ambiental sem precedentes na região, e a Enbridge decidiu construir um túnel sob o lago e lançar um novo oleoduto substituto, para que não aconteça outro acidente. Entretanto, ainda não definiu a empresa que fará a construção.
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O oleoduto terá cerca de 7km e 30 polegadas, substituindo a tubulação atual. Há também planos para a instalação de outras duas linhas no mesmo túnel. Durante as audiências, a empresa canadense apresentou a tecnologia da empresa Liderroll, que é considerada internacionalmente a melhor forma de lançar gasodutos e oleodutos em ambientes confinados, como túneis, o que foi aprovado pelo governo de Michigan e também pela sociedade durante as discussões.
Enbridge está avaliando propostas
A Liderroll já projetou, produziu, construiu e lançou quatro linhas diferentes em dois túneis no Brasil, uma de 38 polegadas, no Rio de Janeiro, e três oleodutos de vários diâmetros dentro do Túnel GASTAU, sob a serra do mar, em São Paulo. Até o fim de 2022 ou começo de 2023, a escolha da tecnologia que será utilizada para o lançamento do projeto dentro do túnel em Michigan será apresentada.
Até então, a Enbridge está avaliando as propostas, mas pelo que se sabe das dificuldades da construção do túnel, que ficará a 170 metros da superfície do lago, a opção pela tecnologia da Liderroll parece consagrada, já tendo sido testada, aprovada e recebido prêmios internacionais.
A empresa brasileira é proprietária das patentes tanto nos EUA quanto no Canadá, mas a presença do executivo da empresa na audiência pública mostrou o envolvimento da Liderroll no projeto, além do interesse comercial. Paulo Fernandes afirma se sentir surpreso com a ótima recepção das autoridades americanas e também do representante da Embridge.
Liderroll se pronuncia sobre visita aos EUA
De acordo com Paulo Fernandes, foi possível perceber que a empresa canadense está muito bem intencionada e quer fazer o certo, dando passos bem seguros e pensados.
Devido à sensibilidade e à envergadura do projeto, o governo de Michigan também está focado e quer que tudo ocorra da melhor forma possível, tanto na execução como por todo período de operação, que será licenciado para 99 anos.
Agora, será necessário esperar a definição de quem será o empreiteiro que ficará responsável por toda a obra do oleoduto, principalmente este trecho de travessia especial com o túnel e, aí sim, será possível dar andamento ao que a empresa propõe.