Acordo entre o Mercosul e a União Europeia deve impactar a economia do Brasil nos próximos 15 anos com um aporte bilionário de acordo com a CNC
A economia do Brasil pode ser impactada com US$ 79 bilhões até 2035 devido a um acordo comercial entre o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União Europeia (UE), fechado no fim de junho. Governo decide retomar mineração de urânio para ampliar programa nuclear no país.
O parecer é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que divulgou sexta-feira, 11 de outubro, na sede da entidade, no Rio de Janeiro, o estudo sobre a questão, durante a 2ª Conferência de Comércio Internacional e Serviços do Mercosul (CI19).
- É oficial: a Novonor decidiu mexer suas peças no tabuleiro petroquímico e traz ninguém menos que o ex-Ocyan para assumir o comando da Braskem
- Nova lei promete mudar tudo: Você sabe realmente por que foi multado?
- Cientistas descobrem ‘estrada de tijolos amarelos’ no fundo do Oceano Pacífico e intriga comunidade científica; mistério nas profundezas
- Toyota 4Runner TRD Surf Concept surpreende como picape baseada em SUV: um projeto que traz o verão para o asfalto
Considerando a redução de barreiras não tarifárias, o impacto pode chegar a US$ 112 bilhões no período, segundo a CNC. Os números estão um pouco abaixo dos divulgados pelo governo do Brasil, de US$ 87,5 bilhões e US$ 125 bilhões incluindo as barreiras não tarifárias em 15 anos.
O Brasil ocupa no momento a presidência pro tempore (temporariamente) do Conselho de Câmaras de Comércio do Mercosul (CCCM), por conseguinte, lidera os debates sobre a aliança, explicou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Roberto Tadros disse, “Mercado exterior é comércio, então nós estamos inseridos neste contexto. Não só na relação de trocas como também no que diz respeito a turismo, serviços, então esta é a casa para tratar desses assuntos e das relações internacionais”.
Um dos responsáveis pelo estudo, o economista da CNC Fábio Bentes, esclarece que o valor foi calculado somando-se o saldo da balança comercial, estimado em US$ 66 bilhões, com o investimento agregado, de US$ 13 bilhões, mais US$ 33 bilhões pela redução de barreiras como as fitossanitárias, para chegar aos US$ 112 bilhões.
“A gente considerou o crescimento do Brasil esperado para os próximos anos, na casa de 2%, 2,5%, e o crescimento da Europa, que é um pouco menor, de 1,2%, mas dado o tamanho da economia do continente, isso também ajuda a potencializar o impacto positivo do acordo. Outra premissa é a taxa de câmbio, entre R$ 3,80 e R$ 4 até 2024, segundo o Boletim Focus, do Banco Central, e depois reajustado pela inflação”, argumentou.
Para ele, o acordo é histórico e vai beneficiar exportadores, importadores e consumidores. “Do ponto de vista das nossas exportações a tendência é beneficiar o setor agroexportador. O Brasil é o segundo maior exportador de produtos agropecuários para a Europa e vai passar os Estados Unidos em questão de dois ou três anos.
Do ponto de vista das importações, nós, do comércio e serviços, se a gente tem acesso a produtos de qualidade sem barreiras tarifárias elevadas, vai importar mercadorias ou serviços a um preço menor e a população vai ter preços mais competitivos” explicou o economista.
Os 32 países que compõem os dois blocos precisam autenticar o acordo Mercosul-UE para começar a valer. As relações começaram em 1999.
- Ibama cobrará esclarecimentos da Shell sobre barris de petróleo em praias do Sergipe
- Brasil vai receber um aporte de US$ 79 bi com o acordo Mercosul-UE
- Imetame compra campos da Petrobras no Espírito Santo por US$9,4 milhões