Ministério da Infraestrutura prevê R$ 165 bilhões de investimentos em 2022, decorrentes de leilões. São previstos 50 leilões para o próximo ano
O Ministério da Infraestrutura espera 50 leilões ativos para o próximo ano, com cerca de R$ 165,5 bilhões em investimentos. A previsão ultrapassa o total de investimentos contratados em concessões realizadas pela pasta no biênio de 2019-2021, que constaram em 89 bilhões de reais.
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O ministro da infraestrutura, Tarcísio de Freitas, divulgou as informações na segunda-feira, 20 de dezembro, após realizar um balanço da situação. Entre os ativos que a pasta tem a expectativa de leiloar em 2022, encontram-se os 16 aeroportos da sétima e última rodada de concessões aeroportuárias, mais dois terminais que serão relicitados (Viracopos-SP e São Gonçalo do Amarante-RN). Nesse segmento, a previsão é de movimentar 13,4 bilhões de reais em investimentos.
Dentre os aeroportos que serão disponibilizados para concessão, estão o Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e Congonhas, na grande São Paulo.
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Rodovias, ferrovias e portos
Já no segmento de rodovias, o Ministério da Infraestrutura pretende negociar 14 concessões, as quais envolvem 8.800 quilômetros de estrada e 81,6 bilhões de reais em investimentos. Entre os planos estão a BR-381/262 (MG/ES), a BR-116/493 (Rio-Valadares), os seis lotes de rodovias no Paraná, a BR-040/495/MG/RJ, além de outras mais.
Além disso, a pasta tem como objetivo contratar 55,79 bilhões de reais em investimentos no que diz respeito à área de ferrovias, a partir de duas renovações de contratos e da concessão da Ferrogrão.
Para o setor portuário, o Ministério pretende realizar duas grandes desestatizações: da Companhia Docas do Espírito Santos (Codesa) e do Porto Organizado de Santos.
“Vai ser o país com a infraestrutura mais privada do mundo, porque nós vamos ter portos privatizados, aeroportos concedidos, quase metade da malha rodoviária federal concedida, ferrovias autorizadas, saneamento concedido ou privatizado, energia tanto na transmissão quanto na distribuição também nas mãos da iniciativa privada. Ou seja, todos os setores da infraestrutura terão uma participação pelo menos expressiva da iniciativa privada”, declarou o ministro da infraestrutura, Tarcísio de Freitas.
Diminuição do desemprego e sustentabilidade
De acordo com Tarcísio, a participação da iniciativa privada irá diminuir o desemprego, aumentar a sustentabilidade da infraestrutura brasileira, além de tornar o setor mais produtivo.
O ministro declarou ainda que os planos são pautados pensando a longo prazo, com resultados significativos para os próximos 15 anos. Além disso, afirmou que o Brasil “tem que ser líder da infraestrutura na América Latina”.
Para 2022, a expectativa do Ministério da Infraestrutura é entregar oito obras do prórpio orçamento da pasta. Tarcísio informou que as metas são entregar os projetos na pista do Aeroporto de Fernando de Noronha, a duplicação da BR-470 (SC), a duplicação do contorno de Pelotas (RS), a ferrovia Norte-Sul, a segunda ponte Brasil-Paraguai, e a travessia urbana de São José do Rio Preto (SP).
Em 2021, o Governo Federal contratou R$ 37,6 bilhões da iniciativa privada para investir no setor de transporte no decorrer dos próximos anos.