Brasil tem tudo para ser um dos grandes nomes da energia eólica offshore e exportar energia verde para todo o mundo
Nosso país é um grande produtor de energia eólica offshore e isso não é uma novidade. No entanto, o que você provavelmente não sabe é que nós podemos ser grandes exportadores dessa energia verde nos próximos anos. Esse assunto está sendo o destaque da COP27 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022). Nesse sentido, poderemos ter mais geração de empregos, renda e desenvolvimento econômico, por meio da transição energética que buscamos.
A afirmação de que podemos exportar energia eólica offshore nos próximos anos partiu de Marina Rossi, diretora de Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME). Segundo ela, o Brasil terá um papel fundamental na transição energética e ainda poderá melhorar o seu desenvolvimento econômico. Quer saber como? Continue a leitura!
Confira um pouco sobre os acontecimentos da COP27 no Egito com o vídeo abaixo
Geração de energia eólica offshore tem dados expressivos no Brasil, gerando autossuficiência e até mesmo capacidade para se tornar exportador
Segundo dados da Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica), o Brasil deve entrar em 2023 com produção de energia eólica regulamentada. Afinal, já são mais de 169 gigawatts (GW) em múltiplos projetos que estão passando por análise e pendem apenas de aprovação. Atualmente, o Brasil já conta com produção de 180 GW instalados, o que é muito animador para o desenvolvimento econômico.
- Internet de Elon Musk (Starlink) chega ao Brasil com desconto de MAIS DE 50% visando acabar com a concorrência e inovar na conectividade brasileira, chegando em QUALQUER parte do país
- Crise sem fim! Volkswagen enfrenta demissões em massa e crise tecnológica: será o próximo caso Kodak e Nokia?
- Umas das maiores BR do Brasil será transformada! Rodovia terá duplicação de 221km e R$ 7 bi em investimentos, podendo gerar até 100 MIL empregos
- Noruega investe R$ 350 milhões em energia solar no norte de Minas Gerais
Além disso, nosso país já conta com uma imensa produção de energia eólica onshore. De acordo com dados do relatório Global Wind Energy Council, o Brasil tem a 6ª posição mundial quanto a Capacidade Total Instalada de Energia Eólica Onshore, registrado em 2021, com 22 Gigawatts (GW). Ademais, essa é a segunda maior fonte de geração de energia em território nacional, atrás apenas da hidráulica.
Tudo isso aponta para um cenário muito favorável no qual o Brasil pode ganhar um protagonismo na transição energética e fechar grandes negócios quanto à energia eólica offshore. Contudo, para que isso aconteça, é fundamental que haja regulamentação adequada para que os investidores encontrem o verdadeiro porto seguro por aqui.
Uso de energia limpa no Brasil já é um dos maiores do Planeta
Conforme declarou Marina Rossi durante entrevista ao portal Bússola, o Brasil tem quase 47% de nossa energia e 85% da oferta de energia elétrica vindos de energia limpa. Segundo ela, esse percentual chega a ser três vezes maior do que a média mundial. Sendo assim, temos uma das matrizes mais limpas do planeta, dando um grande reconhecimento para se tornar exportador.
Essa grande posição no cenário mundial é resultado de uma preocupação com a diversificação de fontes de energia nacional, a fim de evitar dependência de outros países. Portanto, somos um dos países pioneiros em priorizar políticas de biocombustíveis e colocá-los a valores competitivos no mercado, em comparação ao petróleo e derivados.
Setor de energia eólica offshore nacional ainda terá desafios para se tornar um grande exportador
O Brasil ainda tem um caminho a percorrer antes de se tornar um dos grandes exportadores de energia eólica offshore. Em primeiro lugar, a regulamentação precisa ser finalizada para que os investidores enxerguem segurança nos possíveis investimentos no Brasil.
Em segundo lugar, nosso país precisa de uma reestruturação da estrutura portuária e cadeia de suprimentos para que a logística funcione. Além disso, é preciso muita tecnologia para absorver a energia produzida em alto mar e então levar até outros países.
Ademais, o setor precisa de mais estudos na área para facilitar todo esse processo e aumentar a capacidade de produção. Contudo, isso só será possível a partir da regulamentação prevista para ser totalmente liberada pelo IBAMA e pelos órgãos federais em 2023.