Chinês (Simplificado) 
Chinês (Tradicional) 
Inglês 
Francês 
Alemão 
Italiano 
Japonês 
Norueguês 
Espanhol 
3 min de leitura
0 comentários
Haid Group mira Mato Grosso para investimento de US$ 80 milhões em unidade de ração animal com base em caroço de algodão
O Brasil está no radar de um novo e expressivo investimento chinês. O grupo Haid, uma das maiores empresas globais na produção de ração animal, avalia a instalação de uma fábrica voltada ao processamento de caroço de algodão no estado de Mato Grosso, com aporte estimado em mais de US$ 80 milhões. A nova planta industrial deve gerar cerca de 150 empregos diretos, reforçando a presença internacional do conglomerado asiático e ampliando a integração entre o agronegócio mato-grossense e o setor de nutrição animal.
Haid Group pretende expandir operações para o Brasil com foco no agronegócio
A Haid Group já conta com mais de 600 subsidiárias em operação na Ásia, África e América do Sul, incluindo unidades na China, Vietnã, Indonésia, Índia, Egito e Equador. Com o avanço do projeto no Brasil, a empresa reforça sua estratégia de internacionalização e aproximação com grandes polos de produção de matéria-prima.
O diretor sênior da Haid, Lee Yong Qiong, esteve em reunião com o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, nesta segunda-feira (28), no Palácio Paiaguás, acompanhado do secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda. Essa foi a terceira visita da comitiva chinesa ao estado desde o início das negociações, e o encontro teve como foco a definição da localização da nova planta.
-
Disputa intensa entre EUA e China ditam o ritmo da carne suína global — Brasil aproveita a brecha e se dá bem no mercado
-
Indonésia amplia importações de carne bovina do Brasil para 534 mil cabeças de gado e cria nova rota bilionária para o agronegócio — abrindo disputa geopolítica e bilionária com a Austrália pelo mercado de 270 milhões de habitantes
-
613 mil aposentados e pensionistas do INSS precisam fazer esse acordo para receber valores descontados
-
Brasil busca apoio de África do Sul, México, França, Alemanha, Reino Unido e União Europeia para discutir alternativas à tarifa de 50% imposta por Donald Trump aos produtos brasileiros
Fábrica da Haid Group deve utilizar caroço de algodão como base para ração animal
O projeto da fábrica prevê o uso do caroço de algodão como principal insumo para a produção de ração animal, aproveitando a elevada oferta do produto em Mato Grosso, que é o maior produtor de algodão do Brasil. A matéria-prima será processada para formulações nutricionais voltadas a bovinos, aves, suínos e peixes — setores que também estão em plena expansão no estado.
Segundo Lee Yong Qiong, “a qualidade e a abundância do caroço de algodão mato-grossense foram determinantes para a decisão do grupo. O ambiente de negócios no estado é favorável, e estamos confiantes no sucesso da operação”.
O executivo também convidou o governador a visitar a sede da Haid na China como parte do processo de estreitamento institucional.
Mato Grosso avança como polo industrial do agronegócio
Para o governador Mauro Mendes, a possível instalação da Haid Group em Mato Grosso confirma o estado como “epicentro da transformação de proteínas animais e vegetais no Brasil”. Ele enfatizou que o projeto está em fase avançada de definição, e a decisão sobre a cidade que receberá a fábrica será anunciada em maio. Após a definição, o prazo previsto para início das operações é de até 20 meses.
“O investimento da Haid Group é estratégico, não só por gerar empregos e movimentar a economia regional, mas também por consolidar Mato Grosso como destino de indústrias de base agropecuária. Estamos atraindo empresas sérias, com visão de longo prazo, e que agregam valor ao que já produzimos em larga escala”, declarou Mendes.
Produção de caroço de algodão e proteína animal impulsiona a escolha do estado
Mato Grosso é o maior produtor nacional de algodão e também lidera o crescimento da produção de proteína animal no Brasil, sendo destaque em suinocultura, avicultura, piscicultura e pecuária bovina. Esses fatores tornam o estado especialmente atrativo para empresas como a Haid, que dependem dessas cadeias produtivas para desenvolver suas operações.
Segundo o secretário César Miranda, “temos logística em plena expansão, com quase 5 mil km de asfalto novos, uma ferrovia em construção, incentivos fiscais competitivos e matéria-prima de sobra. A Haid encontra aqui todos os elementos que precisa para crescer. Nossa indústria é a que mais avança proporcionalmente no país.”
Seja o primeiro a reagir!