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Brasil, o líder produtor mundial de etanol, vai lucrar com a nova política de combustíveis da Índia, que prevê a adição de 20% do biocombustível à gasolina a partir de 2023

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 05/08/2022 às 06:18
Atualizado em 22/08/2022 às 18:00
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Usina de etanol Reprodução – Via Google

Crescente adoção do etanol na Índia cria um leque de oportunidade de negócios para o Brasil com o país asiático e as indústrias sucroenergéticas paraibanas serão beneficiadas.

Com a nova política de combustíveis de etanol da Índia, que prevê a adição de 20% do biocombustível à gasolina a partir de 2023, o etanol da cana-de-açúcar se firma cada vez mais como uma alternativa limpa e renovável para a mobilidade sustentável, visto que o combustível verde é capaz de reduzir em 90% das emissões quando comparado com a gasolina. O Brasil e o país asiático têm mantido relações amigáveis e construtivas, que colaboram para o impulsionamento do setor sucroenergético, dos veículos flex e da redução das emissões poluentes. 

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O presidente-executivo do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool na Paraíba (Sindalcool-PB), Edmundo Barbosa, foi convidado pelo ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, para fazer parte da comitiva empresarial que visitaria a Índia ainda neste primeiro mês do ano. O principal objetivo da missão era aprofundar as conversações sobre a cooperação entre os dois países na área de mobilidade sustentável, com ênfase nos biocombustíveis e nos veículos flex fuel. Em razão do avanço da pandemia, a viagem foi suspensa.

“As relações entre as indústrias automotivas brasileiras e as indústrias indianas, que devem implementar a tecnologia flex, se tornam bastante maduras. Nós pudemos ver isso no último evento que aconteceu de forma online em substituição à missão que seria realizada na Índia. Existe um interesse muito determinado em substituir o combustível fóssil, ou seja, 20% da gasolina passará a ter etanol adicionado, isso já possui prazos definidos na legislação indiana. Até 2025, vamos ter a Índia utilizando 20% de etanol na gasolina, aproveitando dessa forma sua melhor possibilidade de produção de cana-de-açúcar e também de etanol”, ressaltou Barbosa.  

Indústria automotiva vai optar pelo uso do etanol para a redução das emissões

Com este cenário, as indústrias sucroenergéticas paraibanas serão beneficiadas de forma indireta, assim como todo o setor brasileiro. “O fato de a Índia passar a utilizar mais cana para a produção de etanol beneficia o mercado internacional como um todo e leva, cada vez mais, a indústria automotiva a optar com mais segurança pelo uso do etanol para a redução das emissões. Esse é o grande ganho neste relacionamento (Brasil-Índia), ampliação e valorização do setor sucroenergético brasileiro no mercado internacional”, diz o dirigente do Sindalcool-PB. 

O resultado da adição de etanol à gasolina é fruto de missões anteriores do Brasil à Índia, que desde 2019 se coloca à disposição do país asiático com sua expertise em produção de etanol. Atualmente, a Índia adiciona 10% do biocombustível ao combustível fóssil para reduzir a poluição. 

A Índia e o Brasil são os maiores produtores de açúcar no mundo. Com maior produção local de etanol, o país terá menores estoques de açúcar para a exportação evitando assim excessos de oferta no mercado mundial.

Ainda não há previsão para um novo encontro presencial entre lideranças e representantes dos dois países. Entretanto, Brasil e Índia continuam com uma atividade de relacionamento intensa por meio virtual. 

Índia deverá se tornar o terceiro mercado mundial de etanol, atrás apenas dos Estados Unidos e do Brasil até 2026. 

A Índia, que tem cerca de 1,38 bilhão de habitantes (2020), abriga 22 das 30 cidades mais poluídas do mundo e o ar mata mais de 1 milhão de pessoas a cada ano no país. 

A determinação do governo indiano de uso crescente do etanol entre as montadoras e empresas de biocombustíveis segue acelerada. Vem ocorrendo o aumento na produção de etanol – que deverá passar para  10 bilhões de litros anuais quando a mistura à gasolina subir para 20% – e a fabricação de automóveis flex-fuel deverá ser efetivada. 

Segundo relatório recente da Agência Internacional de Energia (AIE), o país asiático deverá se tornar o terceiro mercado mundial de etanol, atrás apenas dos Estados Unidos e do Brasil até 2026. 

A crescente adoção do etanol na Índia cria um leque de oportunidade de negócios para o Brasil com o país asiático.

Para aliviar o bolso com as disparadas no preço da gasolina, etanol, diesel e GNV, consumidor recorre ao Kit na internet que promete carro movido a água com valor inicial inferior a R$ 200

O melhor do Brasil são os brasileiros, com o preço da gasolina, etanol, diesel e GNV nas alturas, não faltam anúncios de acessórios que prometem reduzir o consumo de combustível de veículos. A novidade na internet é um aparato que promete a conversão de automóveis convencionais de motor a combustão, serem transfomardos em carros “movidos a água”, por meio de um produto conhecido como kit de hidrogênio.

A engenhoca tecnologia oferecida nas redes sociais e sites de comércio eletrônico tem preço inicial inferior a R$ 200, mas pode passar de R$ 1.000, dependendo da marca e da configuração. Mas a promessa é a mesma: a “tecnologia” utiliza a eletricidade do alternador para extrair hidrogênio da água, que é armazenada em um tanquinho. Leia a matéria completa aqui

Carro movido a água é possível? Assista o vídeo abaixo e entenda o processo:

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira de Produção pós-graduada em Engenharia Elétrica e Automação, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos, com mais de 7 mil artigos publicados. Sua expertise técnica e habilidade de comunicação a tornam uma referência respeitada em seu campo. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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