O Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que a China é um parceiro indispensável para o Brasil. É o maior parceiro comercial e de cooperação científica. Estes dois países pretendem discutir a cooperação tecnológica para a produção de satélites de observação da Terra durante a visita de Lula a Pequim.
De tal forma, Mauro Vieira já está preparando os tópicos que serão tratados durante essa visita, que ocorrerá em março. O comércio bilateral entre Brasil e China já soma US$ 150 bilhões, sendo que o superávit para o lado brasileiro é de US$ 28 bilhões. Contudo, outras prioridades se destacam nessa relação de parceria: economia, ciência e tecnologia, educação e pesquisa.
Outro assunto abordado pela chefia diplomática brasileira é a reformulação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, novos acordos comerciais e uma nova governança global. O Brasil já tem quase 40 anos de experiência em programas de pesquisas espaciais e construção de satélites de observação da Terra, os quais precisam ser adequados às necessidades atuais.
Desse modo, essas soluções também são usadas para monitoramento climático, sistematização e uso da terra, gerenciamento de recursos hídricos e produção de imagens para licenciamento ambiental. A expectativa do chefe da diplomacia brasileira é que essa viagem abra grandes possibilidades às relações bilaterais entre os dois países.
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É importante levar em consideração que as decisões tomadas nessas relações serão avaliadas individualmente e sem alinhamentos ideológicos automáticos que existiam no passado. Vieira também reforça que proteger os interesses dos brasileiros no exterior é um dos principais objetivos do Itamaraty. Nesse sentido, foi necessária a reabertura da embaixada brasileira na Venezuela e dos consulados no país vizinho.
Sendo assim, as pessoas não ficariam mais abandonadas em território estrangeiro sem qualquer tipo de documento necessário. O Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, veio ao encontro do colunista para falar sobre os acontecimentos políticos recentes. O governo brasileiro informou que a embaixada de Israel continuará em Tel Aviv, como reconhecido pela maioria dos países.
Jair Bolsonaro havia mencionado a possibilidade de transferir a representação diplomática para Jerusalém, que é uma cidade no centro de disputas entre palestinos e israelenses.
No entanto, essa medida foi recebida com resistência por países islâmicos, que são os principais compradores de produtos agrícolas brasileiros. De acordo com Vieira, o Brasil também está considerando sair da iniciativa Parceria para a Família, pois ela busca promover uma agenda de extrema-direita em âmbito internacional.
Algumas dessas políticas são incompatíveis com a legislação brasileira e não trazem benefícios para o país. Ele também explicou que o Brasil está em processo de rever as decisões tomadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, como abrir mão do status de país em desenvolvimento na Organização Mundial do Comércio (OMC). O chanceler disse que qualquer decisão que seja benéfica para o interesse nacional será tomada.
Vieira mencionou também a possibilidade de defender a entrada da Argentina no Brics, um bloco composto atualmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Ele afirmou que após alguma consulta interna e consenso entre os membros, o Brasil não tem nenhuma objeção à expansão do bloco.
Com relação à guerra entre Rússia e Ucrânia, Vieira declarou que o Brasil não está tomando partido na disputa e busca apenas uma neutralidade no assunto. Ele espera oferecer bons ofícios caso as partes desejem conversar para encontrar uma forma de negociação pacífica. A posição será colocada a Sergey Lavrov nas próximas visitas do ministro russo ao Brasil em abril.
Novos Satélites do Brasil: Sport on, Mirax quase!
Fonte: Jornal Valor Econômico