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Brasil e China aceleram nova rota marítima — Indústria naval avança com portos maiores e exportação mais rápida

Publicado em 09/05/2025 às 06:34
Brasil, China, Portos, Rota marítima
Imagem ilustrativa: IA
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Nova rota marítima entre Brasil e China, dragagem para navios maiores e expansão portuária marcam nova fase da indústria naval voltada à exportação agrícola

Uma nova fase da logística agrícola Brasil começa a tomar forma com ações concretas para facilitar o transporte de mercadorias rumo à China. O assunto foi discutido no painel “O Papel da China no Crescimento do Agronegócio Brasileiro”, mediado por Maria Fernanda Delmas, diretora de redação do Valor.

Os especialistas reunidos no evento destacaram avanços importantes na infraestrutura logística entre os dois países.

Nova ligação marítima reduz tempo e custo

Um dos destaques recentes é a inauguração de uma nova rota marítima entre o Brasil e a China. A ligação conecta os portos brasileiros de Santana, no Amapá, e Salvador, na Bahia, com o Porto de Gaolan, localizado na cidade chinesa de Zhuhai.

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Segundo Fernanda Maciel, diretora-adjunta de relações institucionais da CNA/Senar, o novo corredor logístico permitirá reduzir em 30 dias o tempo de transporte e em 30% os custos logísticos.

Esse corredor atende áreas estratégicas de produção agrícola e mineral, ampliando a eficiência e a competitividade dos produtos brasileiros no mercado asiático. A expectativa é de que a nova rota fortaleça ainda mais a parceria entre Brasil e China.

Expansão dos portos e corredores internos

Outro ponto debatido no painel foi a ampliação dos corredores logísticos no território brasileiro. A Portos do Paraná, que administra os portos de Paranaguá e Antonina, investe na expansão das vias de acesso para otimizar o escoamento de grãos.

No setor rodoviário, está prevista a concessão de 3,3 quilômetros de novas vias à iniciativa privada. O objetivo é facilitar o tráfego de caminhões e agilizar a movimentação de cargas.

No setor ferroviário, os planos são ainda mais ambiciosos. Um projeto em andamento prevê a construção de uma nova estrutura ferroviária na região leste do Porto de Paranaguá.

A área concentra 11 exportadoras de granel vegetal. A chamada Nova Ferroeste adicionará 1.567 quilômetros à malha ferroviária do Paraná, conectando Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao porto paranaense. Em Cascavel, no Paraná, haverá bifurcações com ramais para Chapecó e Foz do Iguaçu.

Dragagem para grandes embarcações

Victor Kengo, diretor de engenharia e manutenção da Portos do Paraná, confirmou haver planos para expandir também o Canal de Acesso Aquaviário.

A concessão à iniciativa privada está em andamento. O investimento previsto ultrapassa R$ 1 bilhão e inclui obras de dragagem para aprofundar o calado de 13 para 15,5 metros. Isso permitirá a entrada de navios maiores.

Na área empresarial, a presença chinesa no Brasil segue em crescimento. A gigante de alimentos Cofco, com faturamento global de US$ 50,1 bilhões em 2024, anunciou intenção de ampliar suas operações. Guo Junping, diretor da empresa, disse que a meta é cobrir mais produtores e cooperativas no país.

Outro grupo presente no evento foi a Citic Agriculture. Desde 2017, a companhia mantém uma operação em Paracatu, Minas Gerais, com 1.600 funcionários e investimento de R$ 400 milhões.

O presidente do conselho, Liu Zhiyong, afirmou que a empresa e seu braço de pesquisa, Longping Hightech, continuarão investindo em pesquisa e produção agrícola no Brasil.

Alerta para riscos externos

Apesar do cenário positivo, uma preocupação foi destacada. Larissa Wachholz, coordenadora do Programa de China no Cebri, alertou sobre os possíveis efeitos da política comercial dos Estados Unidos.

Segundo ela, o protecionismo do governo Donald Trump pode representar riscos futuros para o Brasil nas relações comerciais globais.

Com informações de O Globo.

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Romário Pereira de Carvalho

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