Em cerca de cinco anos, o desembolso de produtores rurais brasileiros com a importação de fertilizantes, deu um salto de quase 200%. Sendo assim, foi de US$ 8,59 bilhões, em 2018, para cerca de US$ 24,76 bilhões no ano de 2022.
Dessa forma, o ano passado foi o responsável por estabelecer ainda um novo patamar no quesito desembolso anual com as importações de fertilizantes. No entanto, acabou superando em mais de 9 bilhões de dólares o então recorde do ano de 2021, que foi quando os valores empenhados foram para a casa dos US$ 15,14 bilhões.
Mesmo com o desembolso tendo crescido de um ano para o outro, o volume de insumos importados pelo Brasil deu uma caída. Isso porque no ano de 2021, as compras somaram mais de 41,55 milhões de toneladas. No ano anterior a este, contudo, o total foi de cerca de 38,19 milhões de toneladas de fertilizantes.
Ou seja, no ano de 2022, o Brasil pagou mais caro para ter um volume menor de fertilizantes. Essa questão chegou a ser destacada pelo diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira. Ele explicou sobre o assunto nessa semana na edição do boletim ‘AgroExport’.
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“Com volume 8% menor, nós desembolsamos 60% a mais. Gastamos quase US$ 25 bilhões para comprar menos fertilizantes”, destacou Ferreira na sua participação do telejornal ‘Mercado & Companhia’ desta terça-feira (24). “Aumentou o custo de produções, uma das grandes dores do agronegócio”, prosseguiu ele.
Importação de fertilizantes: perspectivas para 2023
Ao dar a informação de que, até o ano de 2021, os preços médios da tonelada de fertilizantes era negociada por cerca de US$ 350,00, Giovani Ferreira lembrou que o valor quase foi dobrado no ano de 2022. Sendo assim, o ano foi fechado com uma média de negociação da na casa dos US$ 600,00. Com esse patamar, ele disse que: “os insumos seguirão afetando os custos de produção do agronegócio brasileiro na atual safra”.
Da mesma forma, as importações de fertilizantes pelo Brasil, começou a ser aquecida em 2023. Nesse sentido, Ferreira informou que, ao conversar com a apresentadora Pryscilla Paiva, que o Porto de Paranaguá (PR) teve um descarrego maior na carga de fertilizantes da sua história na semana passada.
“Foram 73 mil toneladas em uma única carga. Isso é um navio Panamax completo”, fez a afirmação o diretor de conteúdo do Canal Rural. Sendo assim, por fim, ele apontou que o caso que houve em Paranaguá não é isolado.
Ainda ressaltou, todavia, que o Brasil deve ainda registrar neste mês o mesmo volume de importações de fertilizantes de janeiro do ano de 2022. “Sinal de que o mercado está aquecido”, concluiu enfatizando.
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