O mais novo presidente da Petrobras indicado pelo presidente Bolsonaro, está no comando da usina hidrelétrica de Itaipu desde janeiro de 2019
O presidente Jair Bolsonaro anunciou ontem à noite (19/02) que substituirá o atual presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, pelo general Joaquim Silva e Luna. “O governo decidiu indicar o senhor Joaquim Silva e Luna para cumprir uma nova missão, como conselheiro de administração e presidente da Petrobras, após o encerramento do ciclo, superior a dois anos, do atual presidente, senhor Roberto Castello Branco”, diz o comunicado oficial, atribuído ao Ministério de Minas e Energia, publicado no Twitter de Bolsonaro.
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O mais novo presidente da Petrobras, o general da reserva Joaquim Silva e Luna, tem 71 anos, é casado, pai de três filhos e nascido na cidade de Barreiros, Zona da Mata de Pernambuco.
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Silva e Luna tem pós-graduação em Política, Estratégia e Alta Administração do Exército pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. Também é pós-graduado, pela Universidade de Brasília (UnB), em Projetos e Análise de Sistemas.
Atualmente, Silva e Luna ocupa o cargo de diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional desde 26 de fevereiro de 2019 e deverá deixar a cadeira no momento em que for oficialmente nomeado. Antes disso, elef oi o primeiro militar a exercer o cargo de ministro da Defesa, no governo do ex-presidente Michel Temer, e teve uma longa carreira militar, que se iniciou aos 19 anos e culminou no cargo de chefe do Estado-Maior do Exército.
Petrobras informa sobre ofício do Ministério das Minas e Energia
A Petrobras informa que recebeu ofício do Ministério das Minas e Energia, solicitando providências a fim de convocar Assembleia Geral Extraordinária, com o objetivo de promover a substituição e eleição de membro do Conselho de Administração, e indicando Joaquim Silva e Luna, em substituição a Roberto da Cunha Castello Branco. Ademais, a União propõe, em função da última Assembleia Geral Ordinária ter adotado o voto múltiplo, que todos os membros do Conselho de Administração sejam, imediatamente, reconduzidos na própria Assembleia Geral Extraordinária, para cumprimento do restante dos respectivos mandatos.
O ofício solicita ainda que Joaquim Silva e Luna seja, posteriormente, avaliado pelo Conselho de Administração da Petrobras para o cargo de Presidente.
A Petrobras esclarece que o presidente Roberto Castello Branco e demais Diretores Executivos da empresa tem mandato vigente até o dia 20 de março de 2021.
A Petrobras informa que novos fatos relevantes serão oportunamente divulgados ao mercado.
Uma troca anunciada por Bolsonaro
Nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro começou e sentiu insatisfeito com o rumo da gestão de Castello Branco. A crítica principal era com os sucessivos aumentos de preço dos combustíveis na refinaria, os preços subiram pela quarta vez em 2020.
Com o avanço seguido dos preços dos combustíveis, Bolsonaro indicou que haveria mudanças na companhia. O presidente também prometeu zerar o imposto sobre o diesel e gás de cozinha.
A fala preocupou os investidores e as ações da companhia tiveram uma forte queda ontem (19). Em valor de mercado, a companhia perdeu quase R$ 29 bilhões.
A Petrobras tem reafirmado que sua política de preços segue o que é praticado no mercado internacional e varia conforme a cotação do petróleo e do dólar.
Castello Branco assumiu o comando da Petrobras em janeiro de 2019, logo no início do mandato de Bolsonaro. Sua gestão tem sido marcada por uma política de desinvestimentos, com a venda de refinarias e com a estatal deixando de fazer parte de vários negócios.
Quando assumiu, Castello Branco criticou a existência de monopólios e defendeu menor intromissão do Estado na economia.
Em 2019, a Petrobras chegou a desistir do aumento do preço do diesel nas refinarias depois de uma determinação do presidente Jair Bolsonaro.