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Bolívia enfrenta queda na produção de gás natural e busca retomada com novos investimentos

Publicado em 27/05/2025 às 16:34
A Bolívia enfrenta queda na produção de gás natural, com resultados abaixo das metas da estatal YPFB. Para reverter, aposta em novos projetos como o campo Mayaya.
A Bolívia enfrenta queda na produção de gás natural, com resultados abaixo das metas da estatal YPFB. Para reverter, aposta em novos projetos como o campo Mayaya. Fonte: BNamericas.
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A Bolívia enfrenta queda na produção de gás natural, com resultados abaixo das metas da estatal YPFB. Para reverter, aposta em novos projetos como o campo Mayaya.

A Bolívia enfrenta um cenário desafiador no setor de gás natural, com a produção em queda e metas cada vez mais difíceis de serem alcançadas. Dados recentes do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) revelam que, no primeiro trimestre de 2025, a produção média diária foi de 28,7 milhões de metros cúbicos por dia (MMm³/d), abaixo da expectativa de 29,3 MMm³/d projetada pela estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB).

Esta previsão para o ano atual é a mais baixa desde a nacionalização dos hidrocarbonetos, ocorrida em 2006, evidenciando os desafios para o setor.

Produção de gás natural em queda e impactos para a Bolívia

Segundo o INE, a produção total de gás natural caiu 16% em relação ao primeiro trimestre de 2024, chegando a 2,59 bilhões de metros cúbicos (Bm³) no início deste ano.

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O declínio contínuo preocupa o governo boliviano e o setor energético, que atribuem a queda principalmente ao subinvestimento em exploração e ao declínio natural dos campos existentes.

Armin Dorgathen, presidente da YPFB, reconhece a dificuldade atual, mas mantém otimismo ao afirmar que a produção de gás “atingirá um ponto de inflexão nos próximos anos devido aos esforços renovados de exploração”.

O atual contexto reforça a necessidade de modernizar a rígida estrutura estatal, incorporando maior participação do setor privado para dinamizar o segmento.

Planos e projetos para reverter a crise do gás natural

Para frear a queda, a YPFB segue implementando seu plano de reativação do upstream, com a perfuração de 56 novos poços de exploração, iniciativa lançada pelo presidente Luis Arce.

Um dos projetos mais promissores é o campo de Mayaya, orçado em US$ 400 milhões e estimado em cerca de 1,7 trilhão de pés cúbicos (Tf³) de gás natural.

Esse empreendimento foi destacado pela S&P Global como uma das dez maiores descobertas de hidrocarbonetos no mundo em 2024, gerando esperança para a retomada da produção.

Além disso, o governo boliviano propôs uma alteração na lei 767 de 2015, que regula a promoção do upstream.

A proposta visa reduzir o controle estatal e tornar o ambiente de negócios mais atraente para investidores privados, ampliando incentivos fiscais e incorporando novos benefícios para estimular a exploração e produção.

Entrada de novos players e investimentos privados animam o setor

Outro sinal positivo para o setor de gás natural da Bolívia é a entrada de novas empresas no mercado. Companhias como Fluxus e Canacol Energy estão apostando no país, com investimentos prometidos que ultrapassam US$ 300 milhões em quatro áreas distintas.

Autoridades destacam que essas iniciativas indicam um “degelo” no setor, importante para a recuperação econômica e energética da Bolívia.

A conjuntura atual evidencia que a recuperação da produção de gás natural na Bolívia depende tanto do avanço nos projetos estratégicos quanto da modernização do setor e do fortalecimento da cooperação público-privada.

O desafio é grande, mas o país ainda mantém o potencial para retomar sua relevância no mercado regional de energia.

Fonte: BNAmericas

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Isac
Isac
29/05/2025 09:35

Um governo insensato , tomou os campos do Petrobras na marra , e pensou que tudo vai dar certo sem perfuração nova e manutenção , investimento pesado , agora eles estão querendo milagre sem investimento sem dinheiro pela roubalheira que está feita lá.

Andriely Medeiros de Araújo

Ensino superior em andamento. Escreve sobre Petróleo, Gás, Energia e temas relacionados para o CPG — Click Petróleo e Gás.

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