O gás natural é definido como um combustível fóssil, resultado da degradação de matéria orgânica ao longo de milhões de anos, sob condições ideais de pressão e temperatura. A sua composição é feita de uma mistura de hidrocarbonetos leves, como metano, propano, etano e butano. Embora seja uma opção mais ecológica, muitos ainda se perguntam como o gás natural prejudica o meio ambiente.

Geralmente, ele pode ser encontrado em acumulações de rochas porosas no subsolo terrestre ou marinho, em estado gasoso. Embora seja considerado um recurso não renovável, o gás natural é mais limpo e eficiente do que as outras fontes de energia da mesma classe, como o petróleo, por exemplo. Entretanto, algumas questões sobre o seu uso ainda podem afetar os ecossistemas.

Onde o gás natural pode ser utilizado?

Para começar, é necessário mencionar que o gás natural pode ser associado ou não associado. No caso do gás associado, ele é encontrado dissolvido em petróleo ou sob a forma de uma capa de gás. Neste caso, o foco é a produção inicial do gás, usando o gás para manter a pressão do reservatório. Por outro lado, o gás não associado se refere àquele que está livre de petróleo e água no reservatório. Sendo assim, ele é encontrado na camada rochosa, e permite a produção costumeira do gás natural.

Quando comparado ao petróleo, o consumo de gás natural pode ser considerado um fenômeno recente. Isso porque somente a partir da década de 1940, especialmente impulsionado pelos avanços tecnológicos de condicionamento e transporte, o gás natural começou a ser progressivamente incorporado à matriz energética global.

Além disso, devido suas propriedades físico-químicas, e a contínua evolução tecnologia, o gás natural pode ser usado em diversos setores da atividade econômica, como produção de eletricidade, processos industriais, residências, comércio e, o mais conhecido, o setor de transportes.

Como o gás natural prejudica o meio ambiente?

Embora possuía vantagens, especialmente em comparação ao uso de outros combustíveis fósseis, como petróleo e carvão mineral, o gás natural ainda possui desvantagens. Assim, quando perguntamos como o gás natural prejudica o meio ambiente, podemos responder que o seu uso está diretamente relacionado à intensificação do efeito estufa. Como consequência, o aquecimento global é acentuado. Em suma, isso acontece porque existe uma abundante quantidade de gases do efeito estufa na atmosfera, e a queima de gás natural favorece consideravelmente a liberação de dióxido de carbono nesse cenário, embora seja menor que os outros combustíveis fósseis.

Além disso, esses poluentes primários encontrados no gás natural, podem ser fortalecidos com o consumo de recursos, ou seja, esses poluentes podem gerar poluentes secundários, que se formam a partir de reações dos poluentes primários. Em outras palavras, a mistura de poluentes gera outros poluentes. Como exemplo de poluente secundário, temos o ozônio. Naturalmente, ele ocorre na estratosfera, a camada da atmosfera localizada entre 15 e 50 km de altitude, onde a camada de ozônio desempenha a função de impedir a passagem de grande parte da radiação ultravioleta.

Além disso, outra desvantagem do gás natural é o grande risco de incêndio, explosões e acidente por asfixia. Por exemplo, em locais com baixa concentração de oxigênio, a queima do gás natural gera monóxido de carbono, sendo um gás extremamente tóxico para os seres humanos, além de impulsionar o aquecimento global. Por outro lado, quando falamos como o gás natural prejudica o meio ambiente, temos que considerar os processos de armazenamento e transporte do gás, considerados uma desvantagem, pois são de difícil realização. Ademais, vale citar que gás natural é uma fonte de energia não renovável, ou seja, eventualmente ele acabará.

Por fim, é necessário ressaltar que a sua extração e utilização devem ser conduzidas com extremo cuidado. Neste sentido, muitos especialistas acreditam que o biogás é a melhor alternativa para substituir o gás natural na matriz energética global, mas somente o tempo confirmará essa hipótese.