Atualmente, existem mais de 440 reatores nucleares ativos em todo o planeta. Neste sentido, 10% da eletricidade global é advinda dessa fonte e, além disso, ela é considerada a “energia do futuro” devido ao seu caráter limpo e sustentável. Entretanto, é necessário entender quais são os riscos de se manter uma usina nuclear.
Isso porque, para funcionar corretamente, uma usina nuclear precisa seguir uma série de protocolos de segurança. Além disso, a adoção de novas tecnologias é fundamental para manter a confiabilidade dos reatores e, consequentemente, evitar acidentes.
Neste sentido, quando falamos em energia nuclear, lembramos de ocorridos como Chernobyl (1986) e Fukushima (2011). Entretanto, embora existam riscos de se manter uma usina nuclear, a situação não é a mesma desses tempos. Por isso, confira abaixo algumas desvantagens das usinas nucleares.
Como é gerada a energia nuclear?
Para começar, vale ressaltar que a energia nuclear é gerada pela fissão nuclear, de materiais como urânio e plutônio, em usinas nucleares. Na prática, a fissão nuclear realizada no reator produz bastante energia que, posteriormente, aquece a água utilizada para resfriá-lo. Depois, o vapor de água movimenta as turbinas da usina que, consequentemente, geram energia elétrica.
Hoje, as usinas nucleares garantem níveis elevados de produção de eletricidade, embora tenham custos elevados. Dessa forma, o Urânio-235, por exemplo, consegue produzir 80 mil vezes do que o carvão mineral. Por isso, os investimentos em energia nuclear praticamente dobraram nas últimas décadas.
Como está a situação atual da energia nuclear no mundo?
Devido às suas vantagens, muitas pessoas consideram a energia nuclear como a “energia do futuro”. Sendo assim, diversos países passaram a investir em pesquisa e construção de usinas cada vez maiores e mais eficientes. A França, por exemplo, é o país mais dependente da energia nuclear no mundo. No país, a energia nuclear corresponde a 76,9% da sua matriz energética.
No Brasil, temos duas usinas nucleares em funcionamento – Angra I e Angra II. Entretanto, mesmo que a energia nuclear seja uma tendência global, o país ainda conta com sua produção de energia baseada, primordialmente, nas hidrelétricas, nas termelétricas e na produção de combustíveis fósseis. Como resultado, a produção de energia nuclear brasileira representa apenas 3% da matriz elétrica do país.
Quais são os riscos de uma usina nuclear?
Como mencionado, a energia nuclear possui diversas vantagens, especialmente porque consegue gerar uma grande quantidade de energia. Contudo, ela apresenta diversos riscos ao meio ambiente e seres vivos, pois sua produção é baseada na manipulação de produtos radioativos nocivos à vida.
Neste sentido, os maiores impactos ambientais que podem surgir com a geração de energia nuclear nas usinas nucleares são:
Contaminação e acidentes
Historicamente, a energia nuclear já provocou diversos acidentes e até mesmo explosões. Por isso, as usinas atuais contam com monitoramento constante, para garantir que o processo de geração de energia nuclear não tenha acidentes ou vazamentos.
Contudo, mesmo que seja mínimo, ainda existe risco de acidentes em usinas nucleares que, eventualmente, podem causar grandes desastres. Num passado recente, tivemos casos como Chernobyl, em 1986 e o desastre nuclear de Fukushima, em 2011. Em suma, situações como essas afetam diretamente o meio ambiente e os seres vivos que moram nas proximidades das usinas.
Aquecimento da água
Durante o processo de geração da energia nuclear, a água do mar é usada para resfriar o reator e movimentar as turbinas. Porém, essa água é devolvida para o mar com uma temperatura mais elevada do que quando foi encontrada, causando danos a animais marinhos e à estrutura marítima.
Contaminação por lixo tóxico
Os dejetos sempre foram um problema para as usinas nucleares. Em suma, o lixo tóxico continua radioativo por milhões de anos. Entretanto, muitos países ainda não sabem como tratar esses resíduos onde, geralmente, os descartam no fundo do mar. Por outro lado, já existe um processo de reciclagem do material tóxico, mas, ele também depende do descarte do material na natureza.