Ministros do G7 solicitam que países da Opep acelerem a produção de petróleo, a fim de frear a elevação dos preços do combustível
Em meio à guerra na Ucrânia, os preços do petróleo estão sendo elevados a níveis recordes. Diante desse cenário, os ministros de Energia do G7 pediram aos países integrantes da Opep – organização que reúne países exportadores de petróleo – para que ampliem a produção do combustível, a fim de abastecer o mercado.
Conforme previsão de analistas do Bank of America (BofA), o barril do tipo Brent pode chegar ao valor de US$ 150, caso o embargo à comercialização russa seja intensificado.
O pedido em questão foi realizado no fim de um encontro entre ministros de Energia e Meio Ambiente do G7, na Alemanha. Durante a reunião, os líderes destacaram que a guerra entre Rússia e Ucrânia está causando acréscimos nos preços do petróleo, gás e carvão, de modo a inflacionar mercados e indústrias.
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Na mesma ocasião, o grupo entrou em acordo a respeito da descarbonização de seus setores de energia até o ano de 2035, além da suspensão do financiamento público para projetos de combustíveis fósseis no exterior até o fim deste ano, com exceção de circunstâncias limitadas.
Em comunicado, os ministros afirmaram que solicitaram aos países produtores de petróleo e gás que ajam com responsabilidade frente aos mercados internacionais, haja vista que a Opep possui papel de importância global.
Eles adicionaram, ainda, que este assunto é de urgência especial para que a dependência da União Europeia em relação ao gás natural russo seja reduzida, além de evidenciarem o papel indispensável que o gás natural liquefeito (GNL) poderia exercer para atenuar interrupções no fornecimento dos gasodutos, em especial para os mercados europeus.
Líderes do G7 pretendem encerrar gradualmente a dependência em relação à energia russa
No início deste mês, líderes do G7 se comprometeram a pôr fim de maneira gradual à dependência da energia russa, efetuando, nesse sentido, o banimento de importações de óleo proveniente da Rússia. Entretanto, a União Europeia ainda debate a alternativa de estabelecer embargos ao petróleo russo, tendo a Hungria como oposição à ideia.
Ainda que o G7 apresente opiniões conflitantes acerca do petróleo, não está evidente se os países da Opep vão atender ao pedido de ação. A Arábia Saudita, por exemplo, tem resistido à pressão externa de acelerar produções a fim de auxiliar na diminuição dos preços, sob o argumento de que o petróleo não irá faltar no mercado.
O grupo da Opep+, do qual a Rússia faz parte, reduziu a produção diante de acordos feitos em meio à pandemia, antes de recuperá-la paulatinamente a um nível de 400 mil barris diários. No último ano, os preços do petróleo foram quase duplicados: o barril foi comercializado a US$ 120, o que corresponde ao valor mais alto desde 2014. Dessa forma, críticas foram direcionadas aos estados do Golfo, como a Arábia Saudita, quanto à sua capacidade de produção.
Barril de petróleo a US$ 150
Como já mencionado, o barril de petróleo do tipo Brent pode atingir o preço de US$ 150, caso o embargo à comercialização russa seja ampliado.
Após a invasão russa à Ucrânia, denominada como “operação especial” por Moscou, os valores sofreram aumento expressivo, beirando agora os US$ 120 por barril.
Além disso, os analistas do Bank of America não acreditam em uma recuperação dos níveis de petróleo pré-Covid ainda neste ano, haja vista que problemas de abastecimento são ainda mantidos.
Segundo eles, a restauração foi impedida pelo aumento de US$ 30 por barril nos preços do petróleo em 2022, o que diminuiu a demanda para 1,5 milhão de barris diários. Os analistas acrescentaram, ainda, que a demanda por petróleo pode chegar aos níveis pré-Covid no próximo ano, caso a produção russa atinja os 10 milhões de barris por dia e o fornecimento da Opep+ aumente.
A elevação do consumo de gasolina nos Estados Unidos durante o verão e a possibilidade de a União Europeia instituir embargo sobre todo o petróleo russo podem ser relacionadas a um possível aumento nos preços da commodity.