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Autoridade portuária do Porto do Açu mira nas tendências do setor energético, com foco na atração das indústrias da siderurgia, fertilizantes e equipamentos para energias renováveis no complexo fluminense

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 21/02/2023 às 00:20
O complexo portuário fluminense deve aproveitar o crescimento das indústrias de baixo carbono para os próximos anos. A administração do Porto do Açu quer atrair novos investimentos na siderurgia, no ramo de fertilizantes e no mercado das energias renováveis.
Foto: Divulgação

O complexo portuário fluminense deve aproveitar o crescimento das indústrias de baixo carbono para os próximos anos. A administração do Porto do Açu quer atrair novos investimentos na siderurgia, no ramo de fertilizantes e no mercado das energias renováveis.

Conforme destacado recentemente pelo CEO do Porto do Açu, José Firmo, o foco de mercado atual do complexo fluminense são os projetos de baixa pegada de carbono. As indústrias da siderurgia, fertilizantes e equipamentos para projetos de energias renováveis devem ser os focos principais da administração para o ano de 2023. O complexo investe atualmente em novas infraestruturas para atender ao crescimento do mercado da transição energética no território nacional.

Mirando no mercado da transição energética, Porto do Açu se prepara para fomentar novas indústrias da siderurgia, fertilizantes e energias renováveis nos próximos anos

Localizado em São João da Barra, no Rio de Janeiro, o Porto do Açu se prepara agora para investir nas apostas para o mercado da transição energética nos próximos anos.

A autoridade portuária cogita atrair as indústrias de baixo carbono da siderurgia, fertilizantes e equipamentos para energias renováveis.

O primeiro passo para isso já está acontecendo, com a inauguração de novas instalações para expandir as operações no complexo. O Porto fluminense inaugurou recentemente o segundo de três armazéns de carga previstos para entrar em operação até o segundo semestre de 2023, no Terminal Multicargas (T-MULT).

O local possui capacidade para operar com até 40 mil toneladas, sendo uma das grandes apostas do Porto do Açu para a movimentação de fertilizantes no eixo Sudeste e Centro-Oeste.

Após esse primeiro passo, José Firmo afirma que “o segundo passo será atrair indústrias para beneficiar essas cargas”.

A ideia principal é fomentar a indústria de equipamentos para energias renováveis e a siderurgia no complexo, impulsionando a rota do “Rio no Mar” no mercado de fertilizantes.

Com os investimentos em gás natural, uma das principais matérias primas para a produção dos fertilizantes, o Porto do Açu pode expandir ainda mais a participação do segmento em suas operações.

O porto é o maior complexo porto-indústria de águas profundas a América Latina, com 120 km² de área, sendo 44 km² destinados a instalações industriais.

Dessa forma, a atração dessas novas indústrias para as instalações do local trarão ainda mais benefícios para o mercado portuário fluminense.

Complexo planeja investir nas indústrias da siderurgia e mineração de matéria-prima para a produção de energias renováveis

Além de fomentar o desenvolvimento de um hub de fertilizantes no complexo, o Porto do Açu se prepara para a transição energética do mercado nacional.

Com os investimentos em siderurgia e mineração, a expectativa é aumentar as operações de lítio e cobre, minerais críticos essenciais para a transição energética, em especial, para a fabricação de baterias e turbinas eólicas.

Rogério Zampronha, CEO da Prumo, também destacou que já existem empresas interessadas em fomentar a produção de equipamentos voltados para projetos de energias renováveis.

O grande trunfo do porto é o potencial de desenvolver um hub de hidrogênio verde (H2V). Essa é uma das grandes apostas para o futuro da descarbonização do setor energético em todo o mundo.

Ele também pode ser utilizado na produção de fertilizantes nitrogenados, garantindo a conexão entre as indústrias que se instalarão no complexo.

Com os investimentos em infraestrutura e projetos voltados para os segmentos dos fertilizantes, siderurgia e energias renováveis, o Porto do Açu conseguirá se tornar ainda mais relevante no cenário portuário global.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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