Estão no radar da Eneva em 2021 a compra de novas usinas de geração de energia e nas oportunidades que envolvam ativos de gás da Petrobras
Ativos da Petrobras e leilões de energia que serão promovidos pelo governo brasileiro estão na mira de investimentos de 2021 da Eneva. A brasileira atua nos setores de geração, exploração e produção de petróleo e gás natural e comercialização de energia elétrica. Petrobras acelera desinvestimentos no transporte de gás natural no Brasil
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A elétrica tem interesse em novas usinas de geração de energia e nas oportunidades que envolvam ativos de gás da Petrobras. A Companhia seguirá de olho em eventuais negócios em renováveis, principalmente em hidrelétricas, disse Marcelo Habibe, diretor financeiro da Eneva em uma entrevista à Reuters.
Estão no radar da Eneva nos leilões de energia, principalmente os chamados leilões A-5 e A-6, já programados para setembro do ano que vem, que contratarão novas usinas para entrega em 2026 e 2027.
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De acordo com Habibe, no médio prazo, a companhia buscará explorar suas áreas de gás, incluindo sete blocos adquiridos neste mês no chamado leilão de oferta permanente da ANP, onde arrematou ativos nas bacias do Amazonas, Solimões e do Paraná.
O plano da companhia é replicar o modelo de negócios utilizado na Bacia do Parnaíba, onde a companhia produz gás e abastece um parque próprio de termelétricas.
Investimentos da Eneva no Amazonas e ativos Petrobras
No Amazonas, segundo o executivo, “Dá quase para criar uma nova Eneva, fazendo uma conta com pouco refinamento, só para ter uma ideia da ordem de grandeza.”
A companhia pretende iniciar trabalhos de exploração em blocos na bacia do Amazonas em meados de 2021. Atividades mais intensas na maior parte dos demais ativos estão previstas para mais adiante, provavelmente 2023 e 2024, enquanto o bloco de Juruá, na Bacia do Solimões, deve ser aproveitado “no longo prazo”.
Paralelo a isso, a Eneva ainda está de olho no programa de desinvestimentos da Petrobras, que tem buscado focar sua atuação na produção de petróleo em águas profundas e ultra-profundas
Segundo Habibe, a empresa tem acompanhado os movimentos da petroleira e está aguardando as vendas dos campos de exploração de gás e termelétricas,. “Acabou não fazendo sentido no nosso plano de negócios, mas a partir do momento em que ela começar a colocar à venda ativos que têm maior encaixe em nosso plano, a gente olha. Principalmente o gás, certamente vamos avaliar”, disse.
Os planos de expansão da Eneva também envolvem projetos já em desenvolvimento, como a térmica Jaguatirica, que deve iniciar operações por volta de setembro de 2021.