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Astrônomos encontram centenas de buracos negros ‘ocultos’ — e pode haver trilhões a mais

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 22/01/2025 às 13:06
Buracos negros
Foto: NASA
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Uma nova descoberta revelou centenas de buracos negros antes desconhecidos. Cientistas acreditam que ainda há trilhões por aí.

Astrônomos descobriram centenas de buracos negros supermassivos ocultos no universo. E o mais impressionante é que pode haver bilhões, ou até trilhões, deles por aí, ainda escondidos.

Eles foram encontrados ao se observar o universo em luz infravermelha, através de nuvens de poeira e gás. Essas descobertas ajudam a refinar as teorias sobre a evolução das galáxias.

A busca por buracos negros

Caçar buracos negros não é fácil. Eles são os objetos mais escuros do universo. Nem mesmo a luz escapa de sua atração. Mas, às vezes, cientistas conseguem “vê-los” quando devoram matéria.

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O material ao redor gira tão rápido que brilha. Mas nem todos eles brilham assim. Muitos permanecem invisíveis, exigindo técnicas mais criativas para serem encontrados.

Os cientistas acreditam que há bilhões, talvez trilhões, de buracos negros supermassivos espalhados pelo cosmos.

A maioria deve estar no centro das galáxias. Mas contar cada um deles é impossível. Em vez disso, os astrônomos analisam galáxias próximas para fazer estimativas.

O problema é que muitos buracos negros passam despercebidos. Alguns estão escondidos por nuvens de gás e poeira, enquanto outros estão simplesmente no ângulo errado para serem detectados.

Estudo recente

Recentemente, um estudo publicado no Astrophysical Journal revelou que cerca de 35% dos buracos negros supermassivos estão escondidos.

Antes, acreditava-se que apenas 15% estivessem ocultos. Mas os cientistas sugerem que a porcentagem real pode ser ainda maior, chegando a 50%.

Para superar esses desafios, os astrônomos buscam novas formas de encontrá-los. As nuvens ao redor desses buracos negros ocultos emitem luz infravermelha, invisível aos olhos humanos, mas detectável com equipamentos especiais.

No estudo, os cientistas usaram dados do Satélite Astronômico Infravermelho (IRAS) da NASA e do Nuclear Spectroscopic Telescope Array (NuSTAR).

O IRAS, lançado em 1983, foi o primeiro telescópio espacial a observar o cosmos no infravermelho. Já o NuSTAR, operado pela NASA, detecta raios-x de alta energia emitidos por matéria girando em torno de buracos negros.

Com dados do IRAS, centenas de buracos negros ocultos foram identificados. Depois, telescópios de luz visível em terra e o NuSTAR ajudaram a confirmar ou descartar esses candidatos. 3Algumas dessas detecções eram galáxias em formação de estrelas, mas muitas eram de fato buracos negros escondidos.

É incrível como o IRAS e o NuSTAR foram úteis, mesmo com o IRAS tendo operado por apenas 10 meses, há mais de 40 anos“, disse Peter Boorman, um dos autores do estudo e astrofísico do Caltech.

A nova técnica de detecção infravermelha pode ajudar a entender quantos buracos negros supermassivos existem no universo e o papel que desempenham na evolução das galáxias.

Eles podem limitar o crescimento galáctico, puxando tudo para o centro gravitacional. Ou podem consumir grandes quantidades de poeira, impedindo a formação de novas estrelas. A descoberta pode até ajudar a entender melhor o coração da nossa Via Láctea.

Segundo Poshak Gandhi, professor de astrofísica da Universidade de Southampton, “se não tivéssemos um buraco negro supermassivo na Via Láctea, poderíamos ter muito mais estrelas no céu“. Ou seja, esses gigantes escondidos moldam o cosmos de maneiras profundas e inesperadas.

A sua importância

Os buracos negros supermassivos são considerados elementos essenciais para a compreensão do universo. Eles influenciam a forma como as galáxias crescem e se transformam.

Saber onde estão e como funcionam é fundamental para avançar no conhecimento científico.

Encontrá-los, porém, é um desafio constante. Os cientistas continuam aprimorando suas técnicas e esperançam que missões futuras tragam mais dados para solucionar o mistério dos buracos negros ocultos.

Novos telescópios, mais potentes e sensíveis, prometem revelar ainda mais segredos escondidos no universo.

Apesar de invisíveis a olho nu, esses buracos negros estão por toda parte, desempenhando um papel crucial na dinâmica cósmica.

Cada nova descoberta traz mais peças para o quebra-cabeça do universo, mostrando que ainda há muito a ser aprendido.

As pesquisas continuam. Os astrônomos seguem vasculhando os céus em busca desses gigantes invisíveis, usando técnicas inovadoras e colaborações internacionais. O universo está cheio de mistérios, e os buracos negros são um dos mais fascinantes.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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