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As vendas de combustíveis por distribuidoras crescem mais que 2,5% no ano de 2022; segundo a ANP o diesel bate recorde

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 02/02/2023 às 10:51
Atualizado em 22/03/2023 às 03:22
vendas de combustíveis
Vendas de combustíveis (Foto/divulgação)

Segundo especialistas, as vendas de combustíveis por distribuidoras no Brasil cresceram mais de 2,5% no ano de 2022 em comparação ao ano anterior, para mais ou menos 143 bilhões de litros, com um impulso para a comercialização de óleo diesel mediante o aquecimento da economia e ainda de uma safra em recorde de grãos. 

É o volume maior desde o ano de 2014, que foi quando as distribuidoras tiveram um registro de recorde de vendas de mais de 144,58 bilhões de litro de combustíveis, de acordo com os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). 

De acordo com a ANP, o diesel (combustível que é mais comercializado no país) bateu seu recorde de vendas pelas distribuidoras, de cerca de 63,23 bilhões de litros no ano de 2022, uma alta de mais ou menos 1,8% em relação ao ano de 2021. 

O diesel é um dos mais importantes combustíveis para o transporte da safra de grãos brasileiros, que teve uma estimativa de recorde no ano passado, afirmou o ex-diretor da ANP Aurélio Amaral. O país colheu um histórico de cerca de 271,2 milhões de toneladas nas temporadas dos anos de 2021/2022, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). 

Diante dos motivos de vendas recordes de diesel, um especialista apontou também o reaquecimento da economia brasileira, logo após todos os efeitos da pandemia de Covid-19. “Mas essencialmente, o crescimento da safra que representa o crescimento do diesel no país”, afirmou Amaral. 

Vendas de combustíveis por distribuidoras crescem em 2022; diesel bate recorde, diz ANP

via NOVO DIA 

Eduardo Oliveira Melo, o sócio-diretor da Raion Consultoria, afirmou que o volume de diesel que foi vendido no ano de 2022 superou cerca de 10% a média desses últimos cinco anos. “Esse número traz a perspectiva de uma atividade econômica mais forte e isso trouxe o consumo de diesel em si”, destacou ele. 

As vendas da gasolina, por sua vez, registraram uma alta de 9,5%, para 43 bilhões de litros, considerado um volume ainda maior desde 2017, quando foram comercializados cerca de 44,15 bilhões de litros. 

“A gasolina acabou tendo um componente a mais para esse consumo que foi a desoneração dos tributos (federais), que foi muito mais impactante para a gasolina do que para o óleo diesel”, destacou Melo para a Reuters. 

Sendo assim, as isenções dos tributos acabaram que trouxeram uma vantagem ainda competitiva para a gasolina mediante o etanol hidratado, sendo seu concorrente ainda direto nas bombas, por conta das taxas que incidiram ainda mais sobre o biocombustível que eram inferiores. 

No entanto, nesse cenário, todas as vendas de etanol hidratado caíram ainda cerca de 7,5% no comparativo anual, para mais ou menos 15,53 bilhões de litros, segundo a ANP. 

O antigo governo zerou ainda a Pis/Cofins para o diesel e a gasolina em meados do ano de 2022, da mesma forma que para outros combustíveis, tendo em busca a atenuação dos efeitos da inflação. Toda essa desoneração foi ainda ampliada por esse novo governo até o fim do mês de fevereiro, para a gasolina, e até o fim deste ano para o diesel.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 3.000 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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