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Argentina elimina impostos sobre compras internacionais ao passo que Brasil endurece regras: dois caminhos opostos na economia do Mercosul

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 21/12/2024 às 19:14
A disputa econômica entre Brasil e Argentina gera polêmica: um elimina impostos sobre compras internacionais e o outro endurece regras. Quem está certo?
A disputa econômica entre Brasil e Argentina gera polêmica: um elimina impostos sobre compras internacionais e o outro endurece regras. Quem está certo?

Argentina e Brasil tomam caminhos opostos na economia: enquanto a Argentina elimina impostos sobre compras internacionais para atrair investimentos, o Brasil endurece regras de importação.

Em meio à tensão econômica crescente na América do Sul, uma surpreendente reviravolta no comércio internacional tem dado o que falar.

Enquanto um dos países aposta no liberalismo para tentar atrair investimentos e fortalecer sua economia, o outro segue em um caminho de controle rigoroso, com foco em proteger o mercado interno.

O resultado desse contraste? Duas economias com destinos distintos e um futuro incerto. Mas, afinal, quem está no caminho certo? Descubra agora!

A recente medida tomada pela Argentina pode ser um divisor de águas para o comércio internacional da América do Sul.

O país anunciou o fim dos impostos sobre compras feitas no exterior, uma decisão ousada que promete transformar sua economia.

De acordo com o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, a medida faz parte de um plano mais amplo do presidente Javier Milei, que visa atrair investimentos estrangeiros e reverter anos de crise e inflação galopante.

A nova regra entra em vigor em dezembro de 2024, sinalizando uma clara tentativa de retomar a confiança global.

Ao contrário da Argentina, o Brasil segue uma estratégia completamente oposta, endurecendo suas regras para aquisições internacionais.

Segundo o Ministério da Fazenda, as novas normas visam combater a evasão fiscal e proteger o mercado interno.

Essa mudança inclui maior fiscalização e uma tributação mais pesada sobre produtos importados, que tem afetado tanto empresas quanto consumidores que dependem de plataformas de e-commerce estrangeiras.

A Receita Federal informou que, no último trimestre de 2024, as fiscalizações aumentaram em 45%, com impostos chegando até 60% sobre o valor dos produtos.

A medida gerou controvérsias, já que muitos especialistas acreditam que ela pode impactar negativamente o poder de compra dos brasileiros.

A Crise Econômica Argentina e a Esperança de Recuperação

A Argentina atravessa uma crise econômica profunda, marcada por uma inflação galopante e um histórico de descontrole fiscal. No entanto, as últimas decisões indicam que há uma luz no fim do túnel.

Conforme a agência Fitch Ratings, a eliminação dos impostos de importação ocorre justamente quando o país começa a mostrar sinais de recuperação.

A agência elevou a classificação de risco da Argentina para “CCC”, uma leve melhora que traz alguma confiança em relação à capacidade de pagamento das dívidas do país.

Ao mesmo tempo, o governo de Javier Milei mantém uma política de austeridade fiscal, que inclui um superávit fiscal consecutivo desde outubro e uma previsão de crescimento de 3,9% para 2025, após uma queda de 3,6% em 2024.

Essa política de “déficit zero” tem sido a tônica do governo, com o ministro da Economia, Luis Caputo, liderando ações rigorosas para reorganizar as finanças públicas.

Embora o país ainda enfrente um cenário de recessão, as expectativas de recuperação são moderadamente positivas, caso o governo continue a seguir sua linha de reformas fiscais.

O Caminho do Brasil: Proteção ao Mercado Interno

No Brasil, a estratégia segue em uma direção completamente diferente. O governo brasileiro tem se concentrado em proteger o mercado interno, com um endurecimento nas normas de compras internacionais.

De acordo com especialistas, a intenção é aumentar a fiscalização para combater a evasão fiscal e evitar o que eles consideram ser um impacto negativo para a indústria nacional.

Contudo, muitos temem que essas mudanças resultem em um aumento nos preços de produtos importados, o que reduziria ainda mais o poder de compra da população brasileira.

A redução de acesso a produtos estrangeiros pode afetar tanto consumidores quanto empresas que dependem de importações para operar.

Enquanto o Brasil endurece suas políticas fiscais e de importação, o governo de Milei na Argentina busca uma estratégia ousada, que aposta na liberalização econômica para atrair dólares e reverter o quadro de recessão.

O resultado dessa estratégia ainda é incerto, mas as apostas estão lançadas: será que o Brasil conseguirá manter sua estabilidade econômica, ou as medidas protecionistas podem aumentar ainda mais a crise interna?

O Impacto das Medidas: O Que Esperar?

A decisão argentina pode trazer mudanças significativas não só para os consumidores locais, mas também para os brasileiros, especialmente aqueles que residem em regiões próximas à fronteira, como Foz do Iguaçu.

De acordo com analistas, é possível que aumentem as “compras de sacoleiros”, com brasileiros indo até a Argentina para aproveitar a isenção de impostos.

No entanto, o impacto dessa medida dependerá de como o governo argentino lidará com o equilíbrio entre atrair investimentos e controlar sua economia interna.

Por outro lado, o Brasil ainda está tentando proteger seu mercado interno e reduzir o custo de vida, mas essa estratégia tem gerado grandes desafios.

A alta carga tributária e as regras mais rígidas para compras internacionais podem resultar em um cenário de isolamento econômico.

O país pode enfrentar uma diminuição no acesso a produtos de fora, o que prejudica não só os consumidores, mas também empresas que dependem da importação de insumos e produtos estrangeiros.

Qual País Está no Caminho Certo?

A discussão sobre qual país tem adotado a melhor estratégia para enfrentar os desafios econômicos não é simples.

Enquanto a Argentina aposta na abertura econômica e na liberalização do comércio, o Brasil parece se fechar cada vez mais, com políticas de proteção ao mercado interno.

Ambos os países enfrentam dificuldades estruturais profundas, e suas escolhas terão consequências a longo prazo.

A pergunta que fica é: Será que a estratégia de abertura da Argentina será sustentável no futuro? Ou o Brasil, ao se proteger, conseguirá enfrentar as crises externas e se manter competitivo no cenário global? Qual modelo você acha que trará melhores resultados para a América do Sul?

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Ruy Barbosa de Oliveira
Ruy Barbosa de Oliveira
21/12/2024 22:24

Nós últimos três governos do PT e o de agora ,ocorreu o desmantelamento e sucateamento das indústrias .Muitas se evadiram do Brasil graças à política predatória tanto de impostos, como de corrupção.Agora vem esses canalhas com ideias protecionistas .E o que é uma tremenda hipocrisia é que estes mesmos canalhas atacam o agro negócio brasileiro que é uma referência mundial.Estou torcendo para que o projeto do Milei seja bem sucedido

Última edição em 1 mês atrás por Ruy Barbosa de Oliveira
Carlos Marques
Carlos Marques(@carlmarx373)
Member
21/12/2024 22:53

Ha controvérsias. No meu entendimento arreganhar as portas para importação pode ser um tiro no pé. A Argentina vai precisar de dólares para pagar os importados. Ela não tem dólares. E pode ser uma competição desleal contra a indústria local pois sabemos que a Argentina produz muita coisa. Esse Milei vai afundar mais a Argentina.

Carlos Marques
Carlos Marques(@carlmarx373)
Member
Em resposta a  Ruy Barbosa de Oliveira
21/12/2024 22:54

Torcer não soluciona. Acorda. Proteger a indústria nacional é a necessidade.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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