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Após eventual retomada da indústria naval, milhares de pessoas serão empregadas em postos de exploração de óleo e gás, segundo representante da Petrobras

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 17/03/2023 às 11:00
Atualizado em 19/03/2023 às 13:32
Foto: Reprodução Filtrovali
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De acordo com a representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobras, o setor naval empregava mais de 80 mil pessoas no Brasil antes da Lava Jato

O setor naval, desde a Lava Jato, vem sofrendo uma decadência na geração de empregos. Porém, de acordo com a representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobras, Rosângela Buzanelli, a estatal pretende retomar a geração de empregos em plataformas de exploração de óleo e gás de apoio no Brasil, segundo o site Rede Brasil Atual.

Esse desejo da Petrobras em voltar a aquecer o setor naval no quesito de geração de empregos na área de exploração deve estimular também toda a cadeia produtiva de exploração de óleo e gás no Brasil.

Vídeo: Lula disse que vai promover a retomada do setor naval do Brasil

Fonte: Jovem Pan News

Para a conselheira da Petrobras, “A revitalização do segmento de óleo e gás representa a geração de milhares de empregos no país. Lembremos que a indústria naval brasileira já viveu tempos áureos, mas foi vítima de um duro golpe de destruição e hoje encontra-se abandonada”.

Presidente da Petrobras afirma desejo de voltar a construir plataformas de exploração de petróleo e gás no Brasil para geração de emprego

No decorrer de uma entrevista coletiva no início de março, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que a estatal deseja sim voltar a construir plataformas no Brasil para geração de empregos e defendeu as políticas públicas, como forma de reaquecer o setor naval brasileiro.

Segundo ele: “Se você fizer um levantamento, hoje, talvez, um equipamento bem complexo integralmente feito no Brasil saia três ou quatro vezes mais caro. Então, quando há uma discrepância a esse nível, é preciso política pública e outro tipo de abordagem a esse problema”.

Além disso, de acordo ainda com o presidente da Petrobras, os anos anteriores “destruíram” o ciclo da indústria naval e esse fato resultou em custos exorbitantes nos projetos de estaleiros brasileiros, fazendo com que os avanços alcançados nos anos 2000 não valessem de nada.

Rosângela ainda afirma que a indústria naval do Brasil já esteve na sua melhor fase, porém, foi vítima de um golpe de destruição onde se encontra atualmente, abandonada. Ela ainda destaca que foi durante o governo Lula que o setor teve as gerações de vagas de emprego no seu auge, empregando mais de 82 mil pessoas.

A fonte utilizada pela representante da Petrobras foi um estudo recente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), que mostra o tamanho da crise do setor naval. Há cerca de 10 anos, os preços contratados de projetos nos estaleiros brasileiros somaram cerca de R$ 9,5 bilhões, sendo que em 2021 o valor foi minorado para R$ 570 milhões, apresentando uma queda de cerca de 96%.

Para mais, de 13 estaleiros da Petrobras no Brasil, grande parte deles está atuando com uma capacidade abaixo da necessária ou apenas atuando em reparos navais convencionais.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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