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Após envio de navios ao Caribe, governo Trump promete usar “todo poder americano” contra Maduro enquanto militares aguardam telefonema do “Rei da América”

Escrito por Felipe Alves da Silva
Publicado em 20/08/2025 às 12:47
Navio de guerra USS Gravely da Marinha dos EUA navegando no Caribe durante operações militares.
Donald Trump promete usar “todo poder americano contra Maduro, que reage mobilizando milhões de milicianos.
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Porta-voz da casa branca acusa o regime de ser um cartel narcoterrorista, enquanto navios de guerra dos eua se aproximam do caribe e o chavismo anuncia resposta militar com forças civis armadas

O governo dos Estados Unidos afirmou nesta terça-feira (19 de agosto de 2025) que usará “todos os elementos do poder americano” contra o regime de Nicolás Maduro, classificado pela Casa Branca como um cartel narcoterrorista. A declaração ocorreu em meio à movimentação de navios de guerra norte-americanos para a costa da Venezuela e à resposta de Caracas com a mobilização de 4,5 milhões de milicianos armados.

Presença militar americana no caribe

Segundo reportagem da agência Reuters, publicada na segunda-feira (18), três navios de guerra dos EUA foram deslocados para o sul do Caribe com o objetivo de conter organizações criminosas envolvidas no tráfico de drogas.

As embarcações identificadas foram o USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson, que devem chegar à região em até 36 horas, de acordo com as fontes citadas.

A operação também envolveria cerca de 4.000 marinheiros e fuzileiros navais, aviões de vigilância P-8 e pelo menos um submarino de ataque, configurando uma presença militar significativa que poderia se estender por meses.

Declaração da casa branca

Questionada sobre a movimentação no Caribe, a porta-voz Karoline Leavitt não confirmou detalhes, mas reforçou a posição do presidente Donald Trump.

“O regime de Maduro não é o governo legítimo da Venezuela; é um cartel narcoterrorista. Maduro, na visão deste governo, não é um presidente legítimo; é um chefe fugitivo deste cartel, indiciado nos Estados Unidos por tráfico de drogas”, disse Leavitt durante coletiva na Casa Branca.

A fala reforça a linha adotada por Washington desde o início de agosto, quando os EUA elevaram para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à captura de Maduro, acusado de ser “um dos maiores narcotraficantes do mundo”.

Resposta de maduro

Em Caracas, Nicolás Maduro reagiu chamando as ameaças dos EUA de “bizarras” e anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em todo o país.

Essas milícias foram criadas em 2008 por Hugo Chávez, mentor político de Maduro, como um braço civil de defesa para apoiar as Forças Armadas.

Segundo o ministro do Interior, Diosdado Cabello, “estamos mobilizados em todo o Caribe, em nosso mar, em nosso território soberano”, afirmando que o país está pronto para responder a qualquer agressão.

Histórico de tensões e aproximações

Donald Trump é um crítico antigo do regime chavista e voltou a acusar Maduro de ter se reeleito em janeiro em um pleito marcado por denúncias de fraude e perseguição a opositores.

Apesar da retórica dura, analistas apontam episódios recentes de aproximação pragmática, como a troca de prisioneiros realizada em julho entre Washington e Caracas.

Conforme destacou a rede CBS, parceira da BBC nos EUA, os movimentos atuais indicam uma nova escalada de tensão diplomática e militar na região.

Classificações de líderes e crime internacional

Para entender o discurso americano, é necessário diferenciar os termos usados para classificar figuras envolvidas em redes de violência e crime transnacional.

  • Osama bin Laden, líder da Al-Qaeda, é considerado um terrorista, pois sua atuação estava vinculada a ataques ideológicos e religiosos contra alvos civis e militares, como os atentados de 11 de setembro de 2001.
  • Pablo Escobar, chefe do cartel de Medellín, é definido como traficante, por comandar uma estrutura criminosa voltada ao comércio internacional de drogas, acumulando poder e riqueza com a cocaína.
  • Já Nicolás Maduro é tratado pelos EUA como narcoterrorista, um termo que une as duas definições, ao associar o tráfico de drogas a estratégias políticas de repressão e intimidação armada, colocando-o em uma categoria híbrida entre crime organizado e terrorismo.

As informações foram divulgadas por veículos como Reuters, BBC e CBS News, além de comunicados oficiais da Casa Branca e declarações transmitidas pela televisão estatal venezuelana.

Esse conjunto de dados mostra como os dois países intensificam suas narrativas diante de uma crise que une questões de segurança, legitimidade política e combate ao narcotráfico.

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Felipe Alves da Silva

Profissional com formação militar pelo Exército Brasileiro e experiência em gestão administrativa e logística no setor industrial. Escreve sobre defesa, segurança, geopolítica, indústria automotiva, ciência e tecnologia. Sugestões de pauta: fa06279@gmail.com

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