O preço do combustível mais utilizado no Brasil, o diesel, atingiu R$ 4,274 por litro nas bombas; gasolina e etanol também sofreram aumento
Após cinco quedas consecutivas, o preço médio do diesel nos postos do Brasil subiu levemente. A semana passada foi a primeira alta desde a instituição de um programa de subsídios do governo federal a produtores como a Petrobras e importadores. Segundo os dados da ANP da última sexta-feira, o preço da gasolina e do etanol também sofreram aumento.
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O pequeno avanço no preço ocorreu mesmo diante dos esforços do governo Bolsonaro, que incluíram redução de tributos, para diminuir os valores e para atender demandas de caminhoneiros, após uma paralisação histórica em rodovias em maio contra a alta dos custos do combustível.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) também registrou alta na gasolina, que avançou 1,8% na semana, ou 10 centavos, para média de 5,592 reais o litro.
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Já o etanol, concorrente da gasolina nas bombas, subiu 1,5%, para média de 4,184 reais por litro, em período marcado pela entressafra da cana-de-açúcar.
No sábado (20) entrou uma redução de cerca de 5% no preço da gasolina em suas refinarias, a primeira de 2021. O diesel não terá mudanças. O movimento acompanhou em parte a queda do petróleo no mercado internacional e recuo na cotação do dólar ante o real.
Com o novo reajuste, o valor da gasolina nas refinarias da estatal acumula agora alta de 46% em 2021, enquanto o diesel subiu mais de 40% no período. Os valores nos postos, no entanto, não acompanham necessariamente os reajustes nas refinarias e dependem de uma série de questões, incluindo margem de distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de biocombustíveis.
Preço do etanol evapora nas usinas e distribuidoras fazem queima de estoques
Consumo do etanol sofre consequências com restrições mais rígidas de enfrentamento à pandemia. Além do que a safra do Centro-Sul começa oficialmente em 1º de abril, o que limita os negócios já que as distribuidoras ficam no compasso de espera de maior oferta do biocombustível.
A torcida agora do setor é para que venham notícias boas de fora, porque domesticamente os lockdowns ou semi-lockdowns vão bater com maior oferta chegando da safra do Centro-Sul. Mesmo que o freio de mão esteja puxado para o etanol e o pico da produção comece de maio em diante, ainda assim o volume disponível amortece os preços.