Venda da Braskem continua incerta, enquanto Apollo aguarda sinalização da Petrobras
A gestora americana Apollo caminha lentamente para a compra da Braskem, petroquímica controlada pela Novonor e detentora de parte importante do setor petroquímico brasileiro. O processo de venda tem sido atrasado devido à indefinição dos planos da Petrobras, dona de 47% do capital votante da petroquímica, para sua fatia na empresa.
De acordo com fontes próximas às negociações, a Apollo finalmente pediu autorização a seu “board” para seguir para a etapa mais complexa e custosa da due diligence, seis meses depois de ter encaminhado à Novonor uma nova proposta de compra e de solicitar centenas de informações sobre a companhia brasileira.
Oferta da Apollo inclui 100% das ações da Braskem, mas ainda não há uma oferta vinculante ou não vinculante de compra
A oferta da Apollo inclui 100% das ações da Braskem, incluindo a porcentagem da Petrobras. No entanto, ainda não há uma oferta vinculante ou não vinculante de compra e a due diligence para identificação de passivos também não começou.
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A gestora estaria esperando a sinalização da Petrobras sobre o futuro de sua participação na Braskem para dar o próximo passo. Com a troca no governo federal, a estatal suspendeu a venda de ativos com contratos ainda não assinados por 90 dias, contados a partir de março, em meio à reavaliação da Política Energética Nacional e à reformulação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que estão em curso.
Novo governo defende a manutenção da Petrobras na indústria petroquímica e venda a estrangeiros não é bem vista por Brasília
Há no novo governo defensores da manutenção da Petrobras na indústria petroquímica, como fizeram outras grandes petroleiras. Além disso, a venda a estrangeiros de um ativo considerado estratégico não é bem vista por Brasília.
A Novonor controla a Braskem com 50,1% do capital ordinário e 38,3% do total. A Petrobras tem 47% das ações ON e 36,1% do total.
Unipar e J&F Investimentos também seguem interessados na Braskem
Outros dois potenciais compradores, Unipar e J&F Investimentos, seguem interessados na Braskem, com propostas de aquisição que preveem formatos diferentes e poderiam comportar o interesse da Petrobras em determinadas operações da petroquímica.
A Braskem tem sido alvo de diversas especulações de aquisição, devido à sua importância no mercado petroquímico brasileiro. A empresa enfrentou problemas judiciais em Alagoas, devido ao afundamento do solo ao redor de suas instalações, o que agravou a situação financeira e gerou uma dívida de bilhões de reais. A solução desse passivo é uma tarefa que a Apollo terá que enfrentar se quiser fechar o negócio.
Bancos credores não estão pressionando por uma transação a qualquer preço e acordo com Novonor permite prorrogação automática do prazo para venda da petroquímica
Os bancos credores, que detêm ações da Braskem como garantia das dívidas que se aproximam de R$ 15 bilhões, por sua vez, não estariam pressionando por uma transação a qualquer preço, acrescentaram. No final do ano passado, a Novonor chegou a um acordo com os bancos, que agora consiste na prorrogação automática do prazo para venda da petroquímica por períodos de 30 dias.
Em resumo, a venda da Braskem continua sendo uma incógnita, enquanto a Apollo espera uma sinalização clara da Petrobras, que ainda não decidiu o que fará com sua participação na empresa. A situação pode se arrastar por mais tempo e outros potenciais compradores seguem interessados na petroquímica, o que pode resultar em um aumento do preço de venda.